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sábado, 10 de dezembro de 2011

Real e Barça fazem mais um super jogo hj pelo campeonato espanhol

O Real Madrid beliscou a Copa do Rei, mas as conquistas do Barcelona no Campeonato Espanhol, Liga dos Campeões e Supercopa deixaram claro que o time do momento ainda é o de Lionel Messi. Neste sábado, no entanto, os merengues têm grande oportunidade para se consolidarem como maior força na atual temporada. Se vencerem o superclássico contra o maior rival, a partir das 19h (de Brasília), no Santiago Bernabéu, pela 16ª rodada, Cristiano Ronaldo e companhia abrirão uma vantagem de seis pontos - com um jogo a menos por conta do Mundial de Clubes – e serão os protagonistas da vez. O GLOBOESPORTE.COM acompanhará o jogão em Tempo Real a partir das 18h50m.

Cristiano Ronaldo comemoração Real Madrid (Foto: Getty Images)

Tamanha superioridade, caso confirme o triunfo diante do Sevilla no outro fim de semana, seria inédita nos últimos anos. Em quatro dos últimos cinco campeonatos, o título foi decidido pelos resultados do clássico. Em 2006/2007, por exemplo, Real e Barça encerraram as 38 rodadas com exatos 76 pontos, mas o troféu foi para os merengues, que levaram a melhor no confronto direto (uma vitória e um empate). Se tivesse repetido os resultados em 2010/2011, a equipe de José Mourinho também seria a campeã – foi goleada por 5 a 0 no Camp Nou e apenas empatou no returno (veja na tabela abaixo).

Temporada Clássicos
2010/2011
Barcelona - 96 pontos
Real Madrid - 92 pontos
29/11/2010 - Barcelona 5 x 0 Real

16/04/2011
- Real 1 x 1 Barcelona
2009/2010
Barcelona - 99 pontos
Real Madrid - 96 pontos
29/11/2009 - Barcelona 1 x 0 Real

10/04/2010 - Real 0 x 2 Barcelona
2008/2009
Barcelona - 87 pontos
Real Madrid - 78 pontos
13/12/2008 - Barcelona 2 x 0 Real

02/05/2009 - Real 2 x 6 Barcelona
2006/2007
Real Madrid - 76 pontos
Barcelona - 76 pontos
22/10/2006 - Real 2 x 0 Barcelona

10/03/2007 - Barcelona 3 x 3 Real

– É um raciocínio lógico. Suponhamos que abra nove pontos. Tem mais de um turno inteiro pela frente. A distância seria espetacular para o Real Madrid, mas não se pode abrir mão de um possível declínio quando as demais competições se afunilarem. Como admirador do Barcelona, jamais vou dizer que já está morto caso perca. E diria o mesmo se a situação fosse inversa. São os dois melhores times do mundo – disse o comentarista Lédio Carmona, do SporTV.

Recorde de vitórias?

O Real Madrid poderá ainda quebrar uma importante marca: alcançar 16 vitórias seguidas em jogos oficiais e superar o time de 1960/1961, que contava com Di Stéfano e Puskas. Desde a goleada por 6 a 2 sobre o Rayo Vallecano, no dia 24 de setembro, os merengues marcaram 57 gols e sofreram apenas nove. Os números comprovam o ótimo momento do time da capital.

– A fase do Real é melhor, não tem como dizer que não é favorito. Joga em casa e, depois de algum tempo sofrendo, conseguiu equilibrar as ações contra o Barcelona, já tem a fórmula para jogar diante do rival. O equilíbrio está estabelecido nessa temporada. Quem gosta de um bom futebol não vai ter crise de abstinência nesse início de férias no Brasil. Pode ter certeza – garantiu o comentarista.

messi iniesta fabregas barcelona gol levante (Foto: Agência EFE)Fàbregas junto a Iniesta e Messi: ex-Arsenal pode começar como titular (Foto: Agência EFE)

Em campo, o tom é de mistério. A imprensa espanhola passou a semana especulando sobre as escalações de Josep Guardiola e José Mourinho. O Barcelona tem duas opções: utilizar o já conhecido 4-3-3, com todas peças à disposição, ou mudar para o 3-4-3, abrindo espaço possivelmente para a entrada de Cesc Fàbregas. Fato é que irá viajar direto de Madri para o Japão, onde disputará o Mundial de Clubes a partir da próxima quinta-feira.

No Real, ao menos o esquema já é sabido. Enquanto Mourinho se ausentava da entrevista coletiva na véspera do jogo, o auxiliar Aitor Karanka confirmou o 4-3-3. Cristiano Ronaldo e Di María são os únicos do setor ofensivo garantidos. Benzema e Higuaín disputam uma vaga como centroavante, e Kaká, Özil, Lass Diarra, Coentrão e Khedira ocuparão dois postos no meio.

Confira as possíveis escalações:

Real Madrid: Casillas, Arbeloa, Sergio Ramos, Pepe e Marcelo; Xabi Alonso, Khedira e Özil (Lass ou Kaká); Di María, Benzema (Higuaín) e Cristiano Ronaldo. Técnico: José Mourinho.

Barcelona: Valdés, Daniel Alves, Piqué, Puyol e Abidal; Busquets, Xavi e Iniesta; Pedro, Messi e Villa. Técnico: Josep Guardiola.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Puyol fala da dispota pela bola de ouro da fifa

Aos poucos, Neymar já começa a fazer parte do dia a dia do Barcelona. E se, ao que parece, o discurso é de que ainda não são muitas as informações dos jogadores sobre o camisa 11 do Santos, é nítido nas palavras o respeito com o possível adversário na final do Mundial de Clubes, marcado para dezembro, no Japão. Depois de Xavi afirmar não conhecer muito, mas saber que o brasileiro parece fazer a diferença em campo, chegou a vez de Puyol se render ao talento do santista, mas com precaução.

Nesta terça-feira, no estádio San Siro, em Milão, onde o Barça encara o Milan, quarta, às 17h45m (de Brasília), pela quinta rodada do Grupo H da Liga dos Campeões da Europa, o capitão culé respondeu perguntas sobre Neymar. Assim como Xavi, ele elogiou o brasileiro, mas evitou colocá-lo até mesmo próximo de Lionel Messi na lista dos melhores do mundo.

- Se o Neymar pode chegar a Messi? O Neymar já provou que é um grandíssimo jogador, que faz a diferença, mas acho que Messi está muito acima de todos.

Puyol em coletiva no Barcelona (Foto: Reuters)Puyol arruma o cabelo durante coletiva: zagueiro ainda não está preocupado como Mundial (Foto: Reuters)

Marcar Neymar, inclusive, ainda sequer faz parte das preocupações de Puyol. Com clássicos contra Milan e Real Madrid (no dia 10 de dezembro) pela frente antes da viagem para o Japão, o zagueiro admitiu que a definição do melhor time do mundo na atualidade ainda não entrou em pauta no Camp Nou.

- O Mundial está muito longe. Temos partidas importantes até lá e é no que temos que pensar agora.

O pensamento de Puyol está voltado para outros brasileiros: Robinho e Pato. Apesar de só um deles ser titular na partida de quarta, essa é a principal dúvida de Massimiliano Allegri para escalar o Milan, ele demonstrou conhecer bem as características da dupla, e se mostrou preocupado.

O GLOBOESPORTE.COM transmite Milan x Barcelona ao vivo nesta quarta às 17h45m (de Brasília)

- Os brasileiros são jogadores complicados de marcar. Com um, não podemos dar espaço. Já o outro é muito perigoso com a bola no pé. O Robinho é habilidoso, o Pato é rápido, mas não podemos nos concentrar somente nesses dois. O Milan tem muitos jogadores que podem fazer a diferença.

Se para Neymar os elogios são tímidos e para Pato e Robinho moderados, o capitão do Barcelona não mediu palavras ao falar de Thiago Silva. Cogitado clube catalão na próxima temporada, o Monstro o encanta.

- Para mim, o Thiago é um dos melhores zagueiros do mundo. É completo. Defensivamente forte, com boa saída de bola e importante também ofensivamente.

A preocupação de Puyol com a vocação ofensiva de Thiago Silva é justificada. No jogo de ida da fase de grupos da Champions League, o zagueiro brasileiro marcou de cabeça, no minuto final, o gol que garantiu o empate por 2 a 2 em pleno Camp Nou.

info mundial clubes 2011 - 4 (Foto: ArteEsporte)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ronaldinho é vaiado o jogo todo pela torcida do gremio

Por: GLOBOESPORTE.COM

Por: Alexandre Alliatti Porto Alegre

Enquanto Roberto Assis treinava no Olímpico, lá pelo final dos anos 80, o irmão dele, ainda criança, com o corpo magricela e a boca já com dentes que cresciam em diagonal, ficava brincando de jogar bola pelos campos do estádio. Para alguém tão novo, era impressionante o trato que o guri dava à esfera de couro. “Ele vai ser melhor do que eu”, dizia Assis. Passados dez anos, o moleque dentuço começava a se apresentar como um dos maiores craques já formados pelo Grêmio. Passados mais de 20 anos, ele voltava àquele estádio onde tanto brincou. E entrava nele pelo vestiário dos fundos.

Ronaldinho Gaúcho no túnel de vestiário  (Foto: Wesley Santos / Ag. Estado)Ronaldinho deixa o campo derrotado no retorno ao Olímpico (Foto: Wesley Santos / Ag. Estado)

O retorno de Ronaldinho Gaúcho ao Olímpico foi um daqueles episódios que não se repetem. Neste domingo, o craque do Flamengo sentiu toda a ira de uma torcida que se sentiu traída, perdoou e voltou a se envenenar por aquilo que considerou nova facada no distintivo. Se a saída do jogador para o Paris Saint-Germain, no início da década passada, machucou, a ida ao Rio, em 2011, doeu ainda mais. Toda a decepção explodiu neste domingo, em vaias, ofensas, críticas. E em vitória sobre o desafeto.

Ronaldinho chegou a Porto Alegre no sábado. No aeroporto, foi ignorado pelos gremistas. Mas no caminho até o hotel, caso tenha olhado pela janela do ônibus que o transportou até um hotel no centro da cidade onde ele nasceu, o jogador viu pichações contra ele. Antes de subir para seu quarto, sorridente, R10 desejou uma boa tarde a quem tentou entrevistá-lo. Um dia depois, ele teria uma péssima tarde.

A torcida do Grêmio se mobilizou como raras vezes se viu. No início da tarde, torcedores já circulavam aos montes pelo Olímpico. E já apareciam munidos de faixas contra Ronaldinho. E já distribuíam cédulas falsas de 100 reais, com o rosto do jogador impresso. Parecia uma competição, com um torcedor querendo superar o outro no tamanho da manifestação contra o atleta. A polícia coibiu parte do material. Mesmo assim, muitos conseguiram driblar os olhos dos homens de farda. Dentro do estádio, exibiram mensagens chamando R10 de pilantra e mercenário – entre outros recados que chegaram a envolver familiares dele.

Ronaldinho no jogo do Flamengo contra o Grêmio (Foto: Ag. Estado)Ronaldinho é acompanhado por faixas contra ele
(Foto: Ag. Estado)

Conforme passava o tempo, crescia a expectativa pelo aparecimento de Ronaldinho no Olímpico. Mais de uma hora antes da partida, ele chegou. E foi recebido por uma chuva de moedas. Minutos depois, teve seu nome anunciado pelo sistema de som do Olímpico. A imagem do jogador no telão rendeu uma vaia talvez sem igual na história de um estádio que será demolido nos próximos anos, provavelmente sem tempo de escutar algo igual.

E aí chegou a hora de Ronaldinho ir a campo. Quando ele pisou no gramado, gremistas arremessaram as cédulas falsas nele. E soltaram gritos de “pilantra”. E soltaram berros de “mercenário”. O craque cumprimentou funcionários do Grêmio, remanescentes dos tempos em que ele vestia tricolor. Quando se posicionou para escutar o hino nacional, só ouviu xingamentos. No hino gaúcho, cantou junto.

A bola haveria de rolar, depois de tanta expectativa. Quando aconteceu, parecia que Ronaldinho estava jogando apenas mais uma partida em sua vida, tamanha a naturalidade do craque. Com três minutos, ele já cobrou uma falta na trave. Pouco depois, deixou Deivid na cara do gol. Mas, aos poucos, foi caindo de rendimento. Não foi ativo nos dois gols que colocaram o Flamengo na frente. E viu, lance a gol, a vitória se transformar em decepção. O Grêmio descontou. E depois empatou. E depois virou. E venceu. Ronaldinho Gaúcho, no retorno ao Olímpico, levou 4 a 2 de seu ex-clube. Ainda recebeu um cartão amarelo, comemorado pelos tricolores como se fosse gol.

cartaz protesto grêmio ronaldinho gaúcho (Foto: Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)Torcedores chamam jogador de mercenário no Olímpico (Foto: Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)

A certeza da vitória permitiu que os gremistas passassem os minutos finais do jogo provocando ainda mais Ronaldinho. Aos gritos de “pilantra”, ele deixou o campo. E retribuiu, com uma ironia, toda a animosidade que o cercou.

- Se comparar com a torcida do Flamengo, isso não é muito barulho, não – disse ele.

Ronaldinho saiu rápido do vestiário dos visitantes para o ônibus. Escapuliu por uma porta lateral. Enquanto isso, do outro lado do estádio, o Grêmio comemorava a vitória. E Paulo Odone, o presidente que tentou contratar o jogador em janeiro, respondia a ele.

- Não deve ser bom chegar na sua cidade, no clube onde se criou desde pequeno, e ser tão rejeitado. Não deve ser bom...

Os gremistas não vivem um ano dos melhores. A decepção de janeiro, com Ronaldinho, se somou à queda prematura na Libertadores, à perda do Gauchão para o Inter dentro de casa, à despedida de Renato Gaúcho. Mas quando terminar o ano, naqueles dias de retrospectiva, pelo menos uma alegria eles poderão dizer que tiveram. Em 30 de outubro, um domingo de sol, eles se sentiram vingados.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

SANTA CRUZ CONQUISTA O TÃO SONHADO ACESSO A SERIE C

Diante de quase 60 mil torcedores, Tricolor joga com a vantagem embaixo do braço e consegue o acesso

Por GLOBOESPORTE.COM

Por Tiago Medeiros Recife








De 24 de agosto de 2008 a 16 de outubro de 2011. Por 1.117 dias o torcedor do Santa Cruz conviveu com o peso da Série D às suas costas. Mas neste domingo (16), o Tricolor pernambucano empatou por 0 a 0 com o Treze e garantiu o acesso à Série C do Brasileiro, em 2012.

Neste dia, 59.966 tricolores transformaram o Arruda num mosaico em vermelho, preto e branco para celebrar o acesso.

O torcedor, que nos últimos anos se tornou íntimo do sofrimento, viveu uma tarde inesquecível, que marcou o abandono do Santa Cruz da camada mais rasa do futebol brasileiro.
Em um jogo nervoso, marcado por duas expulsões do lado paraibano e oito cartões amarelos, o Santa se abraçou à vantagem, por ter empatado o primeiro jogo em Campina Grande por 3 a 3, está de volta à Série C.

Na semifinal, o Santa Cruz enfrenta o Cuiabá-MT, que eliminou o Idenpendente-PA. A CBF decide nesta segunda-feira o mando de campo dos confrontos.


Pressão Tricolor

Santa Cruz x Treze (Foto: Aldo Carneiro)Treze teve dois jogadores expulsos.
(Foto: Aldo Carneiro)

Apesar de jogar por quatro resultados (qualquer vitória e empates de 0 a 0, a 2 a 2 ), o Santa Cruz foi para cima do Galo da Borborema. Mas a primeira finalização com perigo só aconteceu aos 11 minutos. Weslley cobrou escanteio o zagueiro Leandro Souza subiu entre três defensores do Treze e cabeceou para fora. As jogadas de ataque do Treze se resumiam às investidas pelo lado esquerdo, sempre acionando o lateral Célico.

Aos 18 minutos, os jogadores do Santa Cruz reclamaram pênalti de Fábio Oliveira em Natan, mas o árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique mandou seguir. Aos 21, num contra-ataque, Cleo avançou pela esquerda, passou pelo zagueiro Leandro Souza e chutou com perigo para o goleiro Thiago Cardoso.

Santa Cruz x Treze, Arruda (Foto: Antônio Carneiro)59.966 tricolores lotaram o Arruda (Foto: Antônio Carneiro)

Aos 22 minutos, Natan recebeu dentro da área, driblou o zagueiro Anderson e, de frente pro gol, chutou forte para defesa de Lopes no centro do gol. No minuto seguinte, Weslley levantou na área e Fernando Gaúcho desviou de cabeça: pra fora. Aos 28 minutos, o técnico Marcelo Vilar foi obrigado a tirar o volante Fábio Oliveira, que, machucado, deu lugar a Roberto na equipe.

O Santa mandava no jogo. Aos 33, Thiago Cunha recebeu de frente pro gol, tinha a possibilidade de invadir a área, mas preferiu chutar para mais uma boa defesa de Lopes. Apesar da pressão Tricolor, a primeira etapa terminou em 0 a 0.

Treze volta melhor, mas perde a cabeça

Bastaram três minutos para o Treze produzir mais que tem toda a primeira etapa. Com 20 segundos, Cleo foi à linha de fundo e bateu cruzado para a defesa em dois tempos de Thiago Cardoso. Depois, Chapinha tabelou com Warley e chutou tirando tinta da trave do goleiro tricolor.

Aos oito minutos, Marcelo Vilar sacou o zagueiro André Lima e colocou o atacante Vavá. Alvinegro paraibano com três atacantes em campo.

O Treze jogava melhor, aproveitava os espaços oferecidos pelo meio-campo tricolor. Para reforçar a marcação, o técnico Zé Teodoro decidiu tirar o meio-campo Natan e colocar o volante Everton Sena para reforçar a marcação no meio. Aos 19 minutos, Zé Teodoro perdeu o meio-campo Weslley, machucado. Renatinho foi para o jogo.

Aos 24 minutos, o Treze ficou com um jogador a menos: o lateral-esquerdo Celico deu um carrinho no volante Jeovânio e recebeu o cartão vermelho.

Santa Cruz x Treze (Foto: Antônio Carneiro)Santa Cruz x Treze fizeram um jogo nervoso
(Foto: Antônio Carneiro)

Na tentativa de recompor o setor, o técnico Marcelo Vilar colocou o meio-campo Cleiton Cearense na vaga do atacante Warley. Aos 32 a situação se complicou de vez para o time paraibano: o volante Roberto, que já tinha amarelo, levantou demais a perna e acabou acertando o meio-campo Renatinho. Segundo amarelo para ele e o Galo da Borborema com menos dois.

Com 11 jogadores contra nove do Treze, o Santa se tornou senhor do jogo. Aos trinta e oito, Dutra arriscou de fora da área e Lopes mandou para fora. Na cobrança do escanteio, André Oliveira cabeceou na trave direita de Lopes.

O Santa Cruz explorava os espaços oferecidos pelo Treze e a velocidade do meio-campo Renatinho, um dos melhores jogadores em campo. Aos 42, o baixinho tricolor fez bela jogada pela esquerda e chutou raspando à trave de Lopes.

Aos 48 do segundo tempo,o árbitro Marcelo de Lima apitou o fim do jogo e deu um ponto final à agonia tricolor. O Santa Cruz está de volta à Série C. Nunca um 0 a 0 foi tão comemorado.

SANTA CRUZ 0 X 0 TREZE
Thiago Cardoso; Chicão, Leandro Silva, André Oliveira, Dutra; Jeovânio, Memo, Weslley (Renatinho), Natan (Everton Sena); Fernando Gaúcho e Thiago Cunha. Lopes; Ferreira, Anderson, André Lima (Vavá), Celico; Saulo, Fábio Oliveira (Roberto), Cléo, Doda; Warley (Cleiton Cearense) e Chapinha
Técnico: Zé Teodoro Técnico: Marcelo Vilar
Cartões amarelos: Fábio Oliveira, André Lima, Chapinha, Roberto, Saulo (Treze); Leandro Souza, Fernando Gaúcho e Jeovânio (Santa Cruz)
Cartões vermelhos: Celico e Roberto (Treze)
Local: Arruda. Público: 59.966 torcedores. Renda: R$1.010.860,00
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (FIFA-RJ)
Auxiliares: Roberto Braatz (FIFA-PR)e Marco Antônio Martins (SC)

domingo, 9 de outubro de 2011

É HOJE !

Por GLOBOESPORTE.COM Campina Grande

É hoje! Treze e Santa Cruz começam a "brigar" diretamente pelo acesso à Série C do Campeonato Brasileiro. Dois times e só uma vaga. Apenas aquele que sair vitorioso em um "jogo de 180 minutos" vai conseguir o acesso. E neste domingo, às 16h, no Estádio Amigão, os dois times fazem a primeira das duas partidas decisivas. A segunda acontece no próximo domingo (16), no Estádio do Arruda, em Recife.http://images.orkut.com/orkut/photos/PQAAAF7nX47hcL27klxFJFwNW0gtUS_1BvEXkhk63QHzwxeyIa5p3AbebDn8SFDypUBtsLR595en_EY9ZNhVpinxuP8Am1T1UJNzm7zUHf4yqUy_QmLaClmgFCbd.jpg

Os últimos dias de preparação das duas equipes para o primeiro embate decisivo foi cercado de muito mistério e precaução de ambas as partes para não deixar que nenhuma informação vazasse para o adversário. Os técnicos Marcelo Vilar, do Treze, e Zé Teodoro, do Santa Cruz, comandaram os dois últimos treinos a portas fechadas.

Zé Teodoro poderá contar com força máxima para o jogo de hoje. Já Marcelo Vilar tem apenas Chapinha como desfalque, por estar cumprindo suspensão. Mas, nenhum dos dois treinadores quis antecipar a lista dos 11 que entram em campo como titulares. A tendência, no entanto, é que ambos matenham as escalações que vinham usando de início na competição e que conseguiram a classificação das oitavas de final para as quartas.

O Santa conseguiu a classificação depois de passar pelo Coruripe-AL, com uma vitória por 1 a 0 em Recife e um empate em 0 a 0 em Coruripe. Já o Treze conseguiu duas vitórias contra o Santa Cruz-RN: 3 a 1 jogando em casa e 3 a 0 no Rio Grande do Norte.

Polêmica

O jogo entre Treze e Santa Cruz já teve as suas preliminares fora das quatro linhas. Declarações polêmicas durante a semana que antecedeu o primeiro jogo acirraram ainda mais os ânimos e fizeram gerar muita expectativa para a "decisão".

Na útlima quinta-feira, o presidente do Treze, Fábio Azevedo, convocou a torcida do Galo para comparecer ao estádio e, em tom de desdém, disparou:

- Eu não acredito na torcida do Santa Cruz. Eu acredito é na torcida do Treze.

Fábio se referia à intenção da torcida coral de ter direito a mais do que apenas os 10% dos ingressos, mínimo exigido no regulamento da Série D. O presidente havia afirmado que apenas se a torcida do Treze não comprasse os 90% a que tinha direito é que mais ingressos seriam disponibilizados à torcida do Santa.

A declaração do presidente alvinegro ganhou repercussão em Recife e alguns jogadores do Santa se manifestaram, exigindo respeito. Os atletas do tricolor pernambucano enalteceram a força da sua torcida. O atacante Thiago Cunha afirmou que no domingo seguinte, quando os dois times voltam a se enfrentar, dessa vez no Estádio do Arruda, os torcedores corais vão "mostrar o que é torcida apaixonada".

O atacante, que já jogou no Nacional de Patos e disse conhecer muito bem a torcida paraibana, ainda alfinetou a torcida do Galo, afirmando que não acredita que as arquibancadas do Amigão estarão lotadas, já que no mesmo horário do jogo em Campina Grande, Flamengo e Fluminense estarão jogando no Engenhão.

- Como tem o clássico Fla-Flu no domingo, muitos torcedores vão optar por assistir a esse jogo na televisão do que assistir ao Treze contra o Santa Cruz.

Duelo também nas arquibancadas

Donos de torcidas apaixonadas e que costumam empurrar o time, sobretudo em momentos decisivos, Treze e Santa Cruz travam um duelo também entre o pessoal que "joga" nas arquibancadas. As torcidas deverão ser um confronto à parte nestes dois jogos. Para o jogo deste domingo, a diretoria do time paraibano colocou à venda 20 mil ingressos.

A parcela destinada ao time do Santa Cruz foi enviado a Recife e começou a ser vendida na sexta-feira, no Estádio do Arruda. Em Campina Grande, desde quinta-feira os postos de venda do Treze estão abertos para a torcida local.

A Polícia Militar de Campina Grande montou um esquema especial para manter a ordem e garantir a segurança dos torcedores que forem ao estádio.

- Estamos tranquilos quanto à segurança do espetáculo. A polícia fará sua parte e as torcidas também, já que as organizadas de Treze e Santa Cruz são aliadas - declarou o presidente do Treze, Fábio Azevedo.

Prováveis escalações

Treze - Lopes, Ferreira, Anderson, Thiago Cenedesi e Celico; Fábio Oliveira, Roberto, Fernando Pires (Vavá) e Doda; Cleo e Warley.

Santa Cruz - Tiago Cardoso, Everton Sena, Leandro Souza e André Oliveira; Memo, Jeovânio, Bismark, Wesley e Dutra; Kiros e Thiago Cunha.

O Globoesporte.com fará o acompanhamento em Tempo Real da partida entre Treze e Santa Cruz.

O dia em que Bob Marley jogou bola no brasil

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Chico Buarque, Bob Marley, Toquinho e Paulo César Caju juntos num campo de futebol do Rio de Janeiro. O improvável encontro aconteceu em março de 1980, quando o jamaicano veio ao Brasil para a inauguração da filial de uma gravadora. Fanático por futebol, o rei do reggae quis jogar uma pelada, e acabou parando no campo de Chico. O Esporte Espetacular foi atrás dos atletas que participaram do jogo histórico para relembrar o encontro.

Chegando ao país, Bob impressionou todos por seu jeito simples e também pelo amor ao futebol. Fã assumido da geração de 70 da Seleção Brasileira, o jamaicano ficou amigo de Paulo César Caju em uma de suas voltas pelo Rio de Janeiro. A amizade com o tricampeão Caju, que jogou nos quatro grandes clubes cariocas (Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo) fez tudo isso acabar num campo de futebol.

- Na época eu gostava de soul, curtia Stevie Wonder, Marvin Gaye, Ray Charles. Mas depois disso, passei a admirá-lo também. Fizemos vários passeios, pintou realmente uma afinidade. Ele falou que queria jogar bola comigo, aí liguei para o Chico (Buarque) - disse o ex-jogador.

Bob Marley  Chico Buarque  Esporte Espetacular (Foto: Reprodução/TV Globo)Chico Buarque e Bob Marley juntos no Rio de Janeiro
em uma pelada (Foto: Reprodução/TV Globo)

Foi então que o ídolo do reggae chegou a um dos palcos desconhecidos mais importantes do futebol carioca: a casa do Politheama, o time de peladas de Chico Buarque. Sempre avesso à entrevistas, o compositor preferiu não falar, mas abriu as portas de seu campo para o Esporte Espetacular.

Naquele dia, uma seleção da música esteve no local: Bob Marley, Junior Marvin (guitarrista dos Wailers), Jacob Miller (guitarrista do Inner Circle), Toquinho e Chico Buarque, além de Caju e o sortudo João Luís Albuquerque.

- Eu tinha sido contratado como jornalista, para fazer divulgação. Sei que, de repente, faltou alguém e me chamaram para jogar - contou o felizardo.

O jogo

Na partida, a seleção musical reforçada por Paulo César Caju contra um time com Alceu Valença e funcionários da gravadora. O ex-jogador foi o destaque do jogo, mas garantiu que a estrela foi o jamaicano:

- O melhor do time? Foi a coletividade! Não teve estrela naquele time, não. A festa era para o Bob Marley - disse PC Caju.

Bob Marley  Chico Buarque  Esporte Espetacular (Foto: Reprodução/TV Globo)Bob Marley em ação (Foto: Reprodução/TV Globo)

O cantor e compositor Toquinho também tem boas lembranças de Marley:

- O que eu me lembro dele? Era uma pessoa muito agradável, muito dada, e gostava de futebol. Nós estávamos muito bem acompanhados, com o Rei do Reggae e Paulo César Caju - lembrou o músico.

Um ano e dois meses depois da temporada no Brasil, Bob Marley morreu de câncer, aos 36 anos. Em vida, cantou a luta contra o racismo e a desigualdade social, e deixou um legado que vive até hoje.

- As canções dele, antes de mais nada, emocionam. Ele é eterno, e suas músicas não ficam velhas - finalizou Toquinho.

sábado, 8 de outubro de 2011

Clima tenso antes do jogo entre Santa Cruz e Treze da paraiba pela 4ª divisão

Por Bruno Marinho Recife

Zé Teodoro no comando do Santa Cruz (Foto: Ag. Estado)"Se mexe com a torcida, mexe com a gente", afirma
Zé Teodoro (Foto: Ag. Estado)
A polêmica levantada pelo presidente do Treze-PB às vésperas do confronto contra o Santa Cruz pelas quartas de final da Série D aparentemente não encontrou ressonância no técnico Zé Teodoro. O treinador coral fez questão de garantir que o "clima de guerra" que tem sido montado para a partida decisiva, marcada para o domingo, às 16h, em Campina Grande, não vai contaminar os jogadores.

- Nós não podemos entrar nessa onda, o futebol se desenvolve dentro das quatro linhas em 90 minutos. Mas o Santa Cruz é um time grande e tem uma torcida que tem que ser respeitada. Se mexe com a torcida, vai mexer com a gente. Então, isso mexe com o brio, com o grupo, com o nosso trabalho. Nós respeitamos o adversário, mas não vamos temer adversário nenhum, mesmo dentro ou fora da sua casa.

Apesar de deixar o “clima de guerra” de lado, Zé Teodoro destacou em sua última entrevista no Recife antes da viagem para Campina Grande que o grupo já absorveu o clima de decisão que envolve a partida.

- Agora é briga de cachorro grande. Todos os dois clubes são de tradição e que crescem na reta decisiva. Nós estávamos um pouco irregular dentro da Série D, mas, depois do jogo com o Coruripe, a gente sentiu que voltamos novamente a viver o Pernambucano e a Copa do Brasil. A gente voltou a ter a humildade de ser um time aplicado na marcação. Sem a bola, todo mundo é obrigado a marcar comigo e tem que ter a minha cara, a pegada. Então, sem dúvida, a gente precisa criar e ter a possibilidade de até buscar um gol lá fora.

“Já tenho tudo na minha cabeça”, diz técnico

Treinamentos fechados e atenção com as palavras para não dar nenhuma pista para o adversário. Apesar de conseguir esconder o jogo, o técnico Zé Teodoro não tem dúvidas sobre a escalação do Santa Cruz para enfrentar o Treze-PB.

- Já está tudo definido na minha cabeça, assisti aos tapes [dos jogos do adversário] e fiz as experiências nos treinamentos. Com os mesmos jogadores, a gente pode mudar a forma de jogar. A gente tem que jogar de acordo com o adversário. Nós não vamos abdicar da marcação, vamos usar uma fórmula que eu acredito que podemos surpreender – diz Zé Teodoro.

Ao longo desta semana, o técnico voltou a realizar treinos com portões fechados para a imprensa e a torcida. Sem entrar em detalhes, ele explicou um pouco do trabalho feito com os jogadores.

- Foi idêntico à semana em que jogamos contra o Coruripe-AL, só que com mais poder de concentração. Tudo foi feito e agora é os jogadores colocarem em prática dentro daquilo que a gente passou para eles: as jogadas trabalhadas, a marcação. São estes detalhes que trabalhamos nos três ou quatro dias e agora é só pensar na primeira decisão.

Seleção Brasileira vence Costa Rica com placar magro

Por Leandro Canônico Direto de San José, Costa Rica

Aqueles que esperavam um show da Seleção Brasileira ficaram frustrados. Os que previam uma Costa Rica fragilizada se surpreenderam. E os que gostariam apenas de ver um gol de craque saíram satisfeitos. Em um jogo morno e fraco tecnicamente, Neymar fez o único gol da vitória do Brasil por a 1 a 0 sobre a Costa Rica, na noite desta sexta-feira, no Estádio Nacional, em San José.

Sem a mesma pegada que mostrou no duelo com a Argentina (2 a 0), na semana passada, em Belém, a Seleção Brasileira não teve criatividade. E só não teve mais problemas por conta das falhas de conclusão do time da América Central. Mano Menezes fez testes, é verdade, mas a equipe esteve muito aquém do que a maioria imaginava. Principalmente depois de tirar o peso não vencer um rival de ponta.

Agora, a equipe canarinho inicia a preparação para o amistoso de terça-feira, contra o México, em Torreón. A tendência, depois de mesclar titulares e reservas no jogo com a Costa Rica, é que Mano escale força máxima no duelo com os mexicanos. A partida será às 22h30m (horário de Brasília) e terá transmissão ao vivo do GLOBOESPORTE.COM, da TV Globo e do SporTV.

neymar gol costa rica x brasil (Foto: Mowa Press)Jogadores do Brasil cercam Neymar após o gol da vitória, aos 14 do segundo tempo (Foto: Mowa Press)

Show (de horror)

A torcida da Costa Rica esperava um belo espetáculo, um jogo com muitos dribles de Ronaldinho Gaúcho e Neymar. Mas o primeiro tempo do amistoso foi fraco. Decepcionante para aqueles que pagaram caro no ingresso (de R$ 150 a R$ 350). Não só por falta de criatividade do Brasil, mas pela postura dos costa-riquenhos.

Não que o time da América Central tenha feito uma ótima etapa inicial. Longe disso. Jogou mal também. Mas não deu tanta facilidade aos brasileiros como muitos esperavam. Logo nos primeiros minutos, a partida esteve aberta para o Brasil, mas a Seleção criou apenas uma chance, com Fred, aos três. Ele chutou para fora.

Pouco antes, a Costa Rica só não abriu o marcador porque a bola caiu nos pés de Saborio. Atrapalhado, o atacante dominou de canela na pequena área. O jogador, aliás, era um caso a parte no amistoso. Não acertou nada. Tropeçou, errou passe, perdeu gol e no final ainda levou cartão amarelo por entrada dura em Ronaldinho.

Irritado com a atuação do time, Mano Menezes levantou várias vezes do banco de reservas. Gritou, orientou, gesticulou... mas não conseguiu tirar nada da equipe. O trio mais cerebral, formado por Lucas, Neymar e Ronaldinho, pouco fez também. Quando tinha a bola, logo apareciam cinco marcadores para destruir.

ronaldinho gaucho  costa rica x brasil (Foto: Mowa Press)Ronaldinho foi o capitão da Seleção Brasileira contra a Costa Rica (Foto: Mowa Press)

Diante desse marasmo, a torcida da Costa Rica, aquela mesma que esperava um show da Seleção Brasileira, teve de se contentar com lampejos do seu próprio time. Na ausência de jogadas brilhantes do time canarinho, os costa-riquenhos aplaudiram mesmo os raros bons momentos da seleção anfitriã.

Neymar salva

A Mano Menezes, então, restou mudar. Na volta para o segundo tempo, o técnico da Seleção Brasileira colocou Hernanes no lugar de Luiz Gustavo e Oscar na vaga de Lucas. Por conta disso, Ronaldinho Gaúcho passou a jogar mais aberto, no ataque, e o meia do Internacional passou a fazer a armação.

Só que o Brasil foi surpreendido pela postura da Costa Rica. A equipe da casa iniciou o segundo tempo jogando no campo verde e amarelo e levando perigo. Tanto nos chutes de longe quanto nas jogadas pelas pontas. De atacante, Ronaldinho não conseguia emplacar e perdia a bola com facilidade.

Aos dez minutos, um problema na lateral direita do Brasil. Fábio deixou o campo lesionado para a entrada de Daniel Alves. Bem abatido, o jogador do Manchester United foi direto para o vestiário, de cabeça baixa. Melhor, a Costa Rica continuava a pressionar a Seleção Brasileira em seu campo de defesa.

Mas time que tem craque precisa também de um pouco de sorte. E a Seleção Brasileira teve aos 14 minutos. Daniel Alves cruzou da direita, o goleiro Navas saiu mal e a bola sobrou para Neymar completar. Foi o oitavo gol do atacante do Santos, atual artilheiro da era Mano Menezes.

O gol não assustou aos costa-riquenhos, que continuaram com a mesma postura, alçando bola atrás de bola na área brasileira. Empolgado com o feito, Neymar se soltou mais. Deu passe da calcanhar, acertou o travessão... Mas o 1 a 0 ficou de bom tamanho para uma Seleção que pouco criou.

Com dores musculares na perna, o goleiro Julio César deixou o campo aos 30 para a entrada de Jefferson, do Botafogo. Pouco antes, Neymar havia dado lugar a Hulk no ataque. Mano também tirou Fred e deu uma chance a Jonas nos minutos finais. Já aos 39, o ex-gremista sofreu uma falta violenta de Mora, que foi expulso mesmo sem ter cartão amarelo.

COSTA RICA 0 X 1 BRASIL
Navas; Mora, Umaña, Miller e Júnior Díaz; Azofeida, Barrantes (Cubero), Bolaños (Hernandez) e Oviedo (Madrigal); Parks (Joel Campbell) e Saborío. Julio César (Jefferson); Fábio (Daniel Alves), David Luiz, Thiago Silva e Adriano; Ralf, Luiz Gustavo (Hernanes) (Oscae Ronaldinho Gaúcho; Lucas (Oscar), Neymar (Hulk) e Fred.
Técnico: Jorge Luiz Pinto. Técnico: Mano Menezes.
Gol: Neymar, aos 14 do segundo tempo
Cartões amarelos: Azofeifa, Saborio (Costa Rica); Neymar, Oscar, Daniel Alves (Brasil) Cartão vermelho: Mora (Costa Rica)
Local: Estádio Nacional, em San José, Costa Rica. Árbitro: Walter López (Guatemala). Assistentes: Gerson López (Guatemala) e Ronaldo de la Cruz (Guatemala).

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

São Paulo fica só no empate com Cruzeiro em jogo dramatico

Por Fernando Martins Y Miguel Sete Lagoas, MG

Foi um jogo em que aconteceu de tudo um pouco. Com uma carga incrível de dramaticidade, os 9.944 torcedores pagantes assistiam a um ótimo confronto entre Cruzeiro e São Paulo, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. O resultado de 3 a 3, no entanto, não agradou a nenhuma das equipes. Perto da zona de rebaixamento, a equipe mineira precisava da vitória para respirar. Com objetivo diferente, a luta pelo título do Campeonato Brasileiro, o São Paulo também contava com os três pontos. Keirrison, Charles e Anselmo Ramon marcaram para a Raposa, enquanto Cícero, Dagoberto e Juan fizeram para o Tricolor.

luis fabiano são paulo x cruzeiro (Foto: Agência Estado)Luis Fabiano e Victorino disputam a bola (Foto: Agência Estado)

O resultado mantém o tabu favorável ao São Paulo, que não perde para o Cruzeiro na competição desde 2004. Com o empate desta quarta-feira, já são 13 jogos sem triunfos celestes. Mesmo com o resultado ruim, o duelo serviu para que o atacante Keirrison desencantasse e marcasse o primeiro gol com a camisa celeste. Do lado são-paulino, Luis Fabiano ficou novamente sem balançar as redes - nesta segunda passagem pelo Tricolor, o atacante reestreou na derrota para o Flamengo, no último domingo. Mas não foi por falta de oportunidade. Ainda no primeiro tempo, o Fabuloso perdeu um pênalti, defendido por Fábio.

Com o resultado, o São Paulo chegou aos 47 pontos e manteve-se na terceira posição na tabela de classificação, três pontos atrás do Vasco e um do Corinthians. No entanto, pode ser ultrapassado por Botafogo (45), que enfrenta o Bahia, e Fluminense (44), que faz o clássico contra o Flamengo - o Tricolor carioca já tem uma vitória a mais.

O Cruzeiro também ficou estacionado no mesmo lugar, na 16ª colocação, mas com 30 pontos, a três do Atlético-PR, primeira equipe na zona de rebaixamento. O Furacão, no entanto, continuará no Z-4 mesmo que supere o Avaí, uma vez que ficaria com uma vitórias a menos.

Na próxima rodada, o Cruzeiro vai a Salvador, onde encara o Bahia, na próxima quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), em Pituaçu. Já o São Paulo receberá, no mesmo dia, o Internacional, às 16h, na Arena Barueri.

Keirrison desencanta

Mesmo com a crítica situação do time, que não vence há oito jogos e briga contra o fantasma do rebaixamento, a torcida do Cruzeiro resolveu apoiar a equipe desde o início da partida. No São Paulo, a novidade foi a escalação de Rivaldo como titular. O técnico Adilson Batista sacou Casemiro para dar oportunidade ao veterano meia.

O jogo começou muito truncado, com forte marcação de ambos os lados, e os jogadores da equipe celeste, em determinados momentos, até exageraram, com entradas mais fortes. A torcida são-paulina, também com boa presença no estádio, provocava os cruzeirenses com gritos de “Ão, ão, ão, Segunda Divisão”. Montillo, o maestro argentino, não se importou e, aos 11 minutos, tocou para Keirrison abrir o placar e dar a resposta pelos celestes. Foi o primeiro gol do atacante com a camisa da Raposa.

O gol dos donos da casa fez com que o São Paulo buscasse o ataque com mais insistência. Jean, aos 23 minutos, acertou uma bomba na trave de Fábio, que ficou batido no lance. Mais presente na frente, o time paulista cedia vários contra-ataques para a Raposa.

Aos 30 minutos, o São Paulo teve nos pés de Luis Fabiano a chance de igualar o marcador, mas o atacante desperdiçou uma penalidade marcada pelo árbitro Paulo Henrique Godoy Bezerra, que entendeu que Cícero foi derrubado por Fábio. O goleiro cruzeirense defendeu.

Os visitantes ainda tiveram mais uma grande chance de igualar o marcador, com Dagoberto, que tocou por cima de Fábio, mas Everton tirou a bola quase em cima da linha. Ao fim da primeira etapa, os jogadores do Cruzeiro foram ovacionados pela torcida. Fato raro nos últimos jogos.

Cinco gols na etapa final

O jogo ficou aberto no segundo tempo, com as duas equipes em busca do gol a todo momento. O Cruzeiro buscava o segundo para definir a partida o quanto antes e ter a tranquilidade nos minutos finais. O São Paulo tentava esfriar os ânimos do adversário. E conseguiu. Após tabela com Luis Fabiano, Cícero tocou por baixo de Fábio, aos 14 minutos, para empatar.

Cinco minutos depois, novamente silêncio no lado azul do estádio. Dagoberto driblou desde a intermediária, penetrou como quis e tocou por cima de Fábio. Um golaço! A alegria do atacante contrastava com o desespero do goleiro cruzeirense, que esbravejava diante de uma defesa atônita.

Mas o Cruzeiro chegou ao empate. Aos 26 minutos, Charles pegou um rebote, após cobrança de falta, e deixou tudo igual. A torcida celeste se encheu de esperança e voltou a incentivar a equipe. Mas o São Paulo voltou a ficar na frente. Aos 31 minutos, Dagoberto deu passe primoroso na cabeça de Juan, que só teve o trabalho de cabecear para as redes. Mas Anselmo Ramon empatou pouco depois, aos 34. Jogo emocionante em Sete Lagoas. No fim, Denílson ainda foi expulso, após falta em Charles.

domingo, 2 de outubro de 2011

Rafael Sobis no Ritimo do Rock in Rio

Aos poucos, Volta Redonda está se tornando um lugar especial para o atacante Rafael Sobis. Depois de marcar dois gols na vitória sobre o Atlético-GO, há cerca de um mês, o camisa 23 contribuiu com mais um golaço no Estádio Raulino de Oliveira, dessa vez sobre o Santos, no último sábado, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mas a comemoração mesmo foi no Rock in Rio. O jogador tricolor deixou a Cidade do Aço direto para a Cidade do Rock. A dose será repetida neste domingo para acompanhar os shows de System of a Down e Guns N'Roses.

Na última quarta, Sobis conheceu Cidade do Rock a convite do GLOBOESPORTE.COM. Na entrevista, falou sobre sua paixão pelo estilo musical, garantiu que não gosta de pagode como a maioria dos companheiros e posou até com uma guitarra. A reportagem repercutiu no elenco tricolor, que passou a encarnar ainda mais no atacante roqueiro. A zoação foi tanta que Rafael esqueceu até de fazer a comemoração que desejava depois do gol.

- Queria comemorar tocando uma guitarra imaginária, mas está todo mundo pegando no meu pé (risos). Viram a reportagem e ficam falando iêiê, uhul... Mas vou agora aproveitar os dois últimos dias do Rock in Rio - garantiu o jogador na saída do estádio Raulino de Oliveira.

Para Sobis, a vitória sobre o Santos pode servir de ânimo para dar continuidade à arrancada do Fluminense no Brasileirão. Com seis vitórias nos últimos oito jogos, o Tricolor lidera o segundo turno e ocupa atualmente a quinta posição, com 44 pontos.

- Foi, acima de tudo, uma vitória da equipe. Mais um jogo épico. Sabíamos que seria complicado. Enfrentamos, na minha opinião, a melhor equipe do Campeonato Brasileiro. Por isso é um resultado que marca e esperamos que o mesmo sirva de ânimo para seguirmos crescendo na competição.

Depois da vitória em Volta Redonda, o elenco tricolor ganhou dois dias de folga. Os jogadores se reapresentam na próxima terça-feira, nas Laranjeiras. O Fluminense volta a campo no domingo, para disputar o clássico contra o Flamengo, às 16h (de Brasília), no Engenhão.

domingo, 25 de setembro de 2011

Depois de dez rodadas, o Flamengo voltou a vencer no Campeonato Brasileiro. Mas foi uma virada sofrida. Os poucos rubro-negros que se aventuraram a ir ao Engenhão debaixo de chuva e frio - a maioria dos 6.886 pagantes - ainda alimentavam a esperança de ver a equipe mais agressiva, com vontade de pôr fim ao longo jejum. Foi só a bola rolar para perceberem que o duelo no Engenhão com o lanterna América-MG seria complicado. Muito em parte por causa do técnico Vanderlei Luxemburgo, que escolheu uma formação confusa. Após a apatia no primeiro tempo, o treinador promoveu três alterações no segundo. Ofensivo e pelo menos com mais disposição, conseguiu virar a partida e sair de campo com vitória por 2 a 1.

Mal na partida, Thiago Neves marcou o gol da vitória, de cabeça, aos 43 minutos. Só que de forma irregular - Deivid estava impedido na jogada. O América-MG abrira o placar no primeiro tempo, com gol de pênalti de Kempes. Na segunda etapa, após as alterações de Vanderlei, Deivid empatou aos 16, para depois o camisa 7 rubro-negro marcar o gol salvador.

Apesar do resultado, o time não conseguiu voltar ao G-5, pois o Fluminense empatou com o Atlético-PR por 1 a 1, soma também 41 pontos e leva a melhor no critério de desempate por vitórias (13 contra dez). Na próxima rodada, o Flamengo terá um jogo importante e difícil: vai encarar o São Paulo, no domingo, no Morumbi. O América-MG, que permanece na lanterna, com 19 pontos, vai encarar o Palmeiras no sábado, no Pacaembu.

Sem o zagueiro Alex Silva e Ronaldinho, suspensos pelo terceiro cartão amarelo, e o volante Willians, com problemas musculares, Vanderlei optou por um esquema com dois volantes (Maldonado e Airton), três meias (Renato Abreu, Bottinelli e Thiago Neves) e apenas um atacante, Jael.

O time parecia um bando. A saída de bola era feita com lentidão, os laterais pouco apareciam para o jogo e os meias abusavam no erro de passes, principalmente Thiago Neves e Bottinelli. O Flamengo só conseguiu levar perigo numa cobrança de falta de Renato Abreu, por cima do gol. E só. Thiago Neves parecia um outro jogador, com dificuldades de progredir as jogadas. Bottinelli não parava de irritar a torcida. Jael mal conseguia matar a bola. Com 20 minutos de jogo, a equipe já estava sob vaias.

thiago neves flamengo x américa-mg   (Foto: Jorge William/Globo)Thiago Neves comemora e recebe abraços após gol da vitória sobre América-MG (Foto: Jorge William/Globo)

Gol do América

Com tantos erros e sem o menor interesse de jogar futebol, a equipe rubro-negra deu asas ao América-MG, cujo objetivo inicial era explorar os contra-ataques. Aos poucos, o time de Givanildo percebeu que a vitória era possível. E só não saiu do primeiro tempo com uma goleada porque o goleiro Felipe não deixou. Fez duas defesas sensacionais - um chute da meia direita de Kempes, aos 16, e uma falta cobrada por Amaral com perigo, aos 44.

Outro destaque do Coelho, Kempes inscreveu-se no Inacreditável Futebol Clube aos 20 minutos. Levou vantagem sobre Maldonado e David Braz (que não atuava desde 10 de agosto e voltou sem ritmo) e também tirou Felipe da jogada, mas bateu para fora. Sorte do atacante é que Bottinelli facilitou as coisas ao cometer pênalti numa entrada ridícula em Luciano. Dessa vez, Kempes não perdoou. Felipe até foi no canto direito, mas a bola morreu no fundo da rede, aos 29 minutos.

Foi o suficiente para o Flamengo ficar mais tenso na partida. Até Felipe, destaque do time, quase entregou o ouro, ao sair mal numa jogada. Nada foi pior, no entanto, do que a chance perdida por Bottinelli. O passe de Jael - incrível, mas é verdade - foi na medida para o meia bater fraco e sentenciar sua saída para a segunda etapa. Àquela altura, tanto ele como Thiago Neves eram os alvos preferidos da torcida, que passou a perseguir também Léo Moura, em péssima fase, e Vanderlei Luxemburgo.

Reação do Fla

O treinador rubro-negro arriscou todas as fichas ao fazer três mexidas de uma só vez no intervalo. Trocou Maldonado por Diego Maurício, Bottinelli pelo garoto Thomás e Jael por Deivid. O time ficou num 4-3-3. Com Diego Maurício pela direita, Léo Moura enfim foi à linha de fundo, centrando na medida para Thiago Neves, que não alcançou a bola e perdeu um gol feito na pequena área.

Logo depois, Junior Cesar, na altura da meia-lua, bateu de fora da área, obrigando Neneca a trabalhar pela primeira vez na partida, espalmando para escanteio. O pequeno domínio do Flamengo no começo da segunda etapa não o livrava de sustos. O América-MG esperava o momento certo de dar o bote, e Luciano só não ampliou o placar porque Felipe fez a terceira grande defesa na partida.

Léo Moura acordou por cinco minutos, o suficiente para fazer outra boa jogada de linha de fundo e centrar na medida para Deivid, que escorou para a rede, marcando seu décimo gol na competição e empatando a partida aos 16 minutos.

Dominado pela primeira vez na partida, Givanildo mexeu no América-MG. Tirou Luciano e Sheslon para pôr Rodriguinho e Gláuber. Depois, trocou Kempes por Irênio. Já queria segurar o empate. O Fla continuou na pressão, e, aos 43, após rebatida de bola em lance de Deivid, impedido, Thiago Neves escorou de cabeça e virou a partida.

Welinton ainda fez o torcedor tremer até o fim ao cometer falta quase dentro da área, aos 48. Mas a vitória tão esperada chegou. Pelo menos, o time saiu do sufoco.


Outros Jogos do Sabado :

Santos 2 x 3 Figueirense

Atletico PR 1 x 1 Fluminense


Por: Globoesporte.com

sábado, 24 de setembro de 2011

Inter de Milão vence com gol de Lucio

O Inter de Milão precisou trocar de técnico para conhecer a sua primeira vitória na temporada. Após cinco tropeços e um título perdido para o rival Milan, a equipe do agora comandante Cláudio Ranieri derrotou o Bologna, por 3 a 1, neste sábado, fora de casa, pela abertura da quinta rodada do Campeonato Italiano. E a estreia do novo treinador teve ainda gol de brasileiro: o zagueiro Lúcio fechou o placar aos 42 minutos do segundo tempo.

Lucio comemora gol do Inter de Milão contra o Bologna (Foto: AP)Lucio comemora o gol do Inter de Milão contra o Bologna, que fechou a primeira vitória na temporada (AP)

Confira a classificação atualizada e a tabela de jogos do Campeonato Italiano

Sem o craque Wesley Sneijder, poupado com dores na coxa, Ranieri promoveu a entrada do jovem Philippe Coutinho no time titular. O campeão mundial sub-20 jogou até os 11 minutos da etapa final, quando saiu para a entrada de outro brasileiro, o lateral Jonathan. Os atacantes Pazzini e Milito completaram para os visitantes, enquanto Diamanti descontou.

Pazzini comemora gol do Inter de Milão contra o Bologna (Foto: Reuters)Pazzini e Forlán: Internazionale na frente (Reuters)

O resultado quebra a sequência de quatro derrotas e um empate dos nerazzurri na temporada – houve ainda outra igualdade em um amistoso. Agora com quatro pontos, a equipe deixou a zona de rebaixamento provisoriamente e afundou o Bologna, com apenas um ponto, na vice-lanterna. O Cesena é o último.

Na próxima terça-feira, o Inter de Milão volta a campo para enfrentar o CSKA, em Moscou, pela segunda rodada do Grupo B da Liga dos Campeões. A situação na chave já é delicada após a derrota em casa para o Trabzonspor, na estreia.

Confira a quinta rodada completa:
*Horários de Brasília

Sábado
Bologna 1 x 3 Inter de Milão
Milan x Cesena
Napoli x Fiorentina

Domingo
7h30 – Chievo x Genoa
10h – Atalanta x Novara
10h – Cagliari x Udinese
10h – Catania x Juventus
10h – Lazio x Palermo
10h – Siena x Lecce
15h45 – Parma x Roma

Claudio Ranieri no jogo do Inter de Milão contra o Bologna (Foto: AFP)Claudio Ranieri já vestiu a gravata personalizada com as cores e escudo do Internazionale (Foto: AFP)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Brasil fica no 0a0 contra a Argentina

Ronaldinho Gaúcho deu um show em Córdoba... Mas somente antes de a bola rolar. Sem Riquelme e Verón, os argentinos o “adotaram” como estrela da primeira partida do Superclássico das Américas, nesta quarta-feira, e o aplaudiram na escalação e no aquecimento, quando ele ficou acertando bolas no travessão. Após o apito inicial, no entanto, o pentacampeão e os demais jogadores de Brasil e Argentina fizeram um jogo aquém da história do encontro: um 0 a 0 insosso. Emoção só com Leandro Damião, que acertou duas vezes a trave do goleiro Orion.

Maior artilheiro do Brasil na temporada, o atacante do Internacional fez uma jogada linda no segundo tempo, com direito a "lambreta" em Canteras, no lance mais bonito do jogo e mandou na trave (na etapa inicial, também tinha acertado o poste). Boselli e Martinez tiveram chances para a Argentina. E só. A partida foi fraca tecnicamente. O desentrosamento do Brasil foi nítido e nem mesmo a base do Vélez Sarsfield salvou a Argentina. Até por isso, o torcedor aplaudiu todas as chances de gols, fosse de argentinos ou de brasileiros. Era preciso aproveitar para se levantar da cadeira nesses raros momentos.

Até mesmo aquela calorosa rivalidade entre argentinos e brasileiros não entrou em campo. O jogo foi morno, sem muitas faltas duras e com apenas uma discussão entre Sebá Dominguez e Leandro Damião. O Brasil, na verdade, só foi Brasil em raras tentativas de Neymar, que concentrou as poucas e improdutivas tentativas da Seleção Brasileira. Fica a esperança de que o jogo de volta, em Belém, no próximo dia 28 de setembro, seja melhor e mais emocionante.

Pelo regulamento do Superclássico das Américas, se o duelo no Pará terminar empatado, a decisão de quem leva a taça vai para as penalidades. O técnico Mano Menezes fará uma nova convocação no próximo dia 22. A tendência é que a base seja mantida.

VEJA GALERIA DE FOTOS DO SUPERCLÁSSICO ENTRE BRASIL E ARGENTINA

Nada demais...

boselli ralf brasil x argentina (Foto: AFP)Boselli recebe forte marcação de Ralf (Foto: AFP)

A torcida argentina fez seu papel e encheu o estádio Mário Alberto Kempes, em Córdoba. Mas dentro de campo, as duas seleções não empolgaram, muito embora a Argentina tenha sido mais efetiva no ataque. Boselli, que deixou o gramado com lesão na coxa direita aos 23 minutos, foi o principal finalizador da etapa inicial.

Nenhuma das quatro bolas chutadas pelo atacante do Estudiantes, no entanto, levou tanto perigo ao gol de Jefferson quanto o arremate de Leandro Damião na trave, aos 12 minutos de jogo. Após boa jogada individual de Neymar, pela esquerda, o jogador do Inter recebeu cruzamento na pequena área e arriscou.

Neymar, aliás, foi o único jogador da Seleção Brasileira que fez algo de diferente neste primeiro tempo. Dos pés do santista saíram as principais jogadas do time canarinho. Quando ele tinha esses lampejos, a equipe de Mano Menezes ia bem. Do contrário, a falta de entrosamento era evidente, em especial na defesa.

Ronaldinho Gaúcho, aplaudido pelos argentinos, ficou apagado, assim como Renato Abreu e a dupla de volantes Ralf e Paulinho. É verdade que a Argentina foi melhor no primeiro tempo, mas os rivais estiveram longe de empolgar. Além dos chutes de Boselli, uma pancada de fora da área de Martinez levantou a torcida.

Assim, o Superclássico das Américas deixou a desejar em seus primeiros 45 minutos. Tanto no futebol quanto na garra. Diferentemente da maioria dos duelos entre Brasil e Argentina, a etapa inicial foi morna, sem muita entrega.

Damião salva ingresso

Apesar do fraco futebol apresentado no primeiro tempo, nem Alejandro Sabella muito menos Mano Menezes optaram por mudanças em suas equipes. Voltaram para a etapa final com as mesmas formações da primeira parte. E novamente foi a Argentina quem tomou a iniciativa da partida.

Mesmo sem o oportunismo de Boselli, como no começo do jogo, a Argentina tinha o controle, mas não criava chances. Quando conseguiu encontrar um espaço, somente aos dez minutos, Gigliotti se atrapalhou com a bola e perdeu uma ótima oportunidade de levar perigo ao goleiro Jefferson.

Aos 13 minutos, a história se repetiu na seleção argentina. Seu melhor jogador em campo saiu machucado. Dessa vez foi Martinez. O atacante deu lugar a Pablo Mouche. Logo na sequência, Mano resolveu mudar pela primeira vez no Brasil: sacou o veterano Renato Abreu e pôs o jovem Oscar, que tropeçou duas vezes na bola.

ronaldinho gaúcho brasil x argentina (Foto: AP)Ronaldinho foi perseguido pela marcação argentina em Córdoba (Foto: AP)

Se na etapa inicial o Brasil ainda conseguiu criar um pouco, na segunda o desempenho foi pífio. Muito toque de lado, erros de passe e desorganização. Do lado argentino, ao menos, houve alguns ímpetos ofensivos e algumas tentativas de contra-ataque. Mas nada também que fizesse brilhar os olhos do torcedor.

Aos 27 minutos, enfim uma cena típica de Brasil x Argentina. Leandro Damião e Sebá Dominguez, ex-Corinthians, se estranharam e trocaram empurrões. Damião, por sinal, fez valer o ingresso pago pelos argentinos aos 31 minutos. Ele deu uma lambreta na entrada do lado direito da grande área e depois acertou a trave do goleiro Orion. Uma pena!

Ronaldinho Gaúcho ainda teve uma aparição de destaque antes do apito final, ao bater falta colocada e obrigar Orion a grande defesa. Mas o insosso 0 a 0 prevaleceu no placar.

argentina 0 x 0 brasil
Orion; Sebá Dominguez, Desábato e Cristian Cellay; Pillud, Canteros, Augusto Fernandez (Cristian Chávez), Zapata e Papa; Boselli (Gigliotti) e Burrito Martinez (Pablo Mouche). Jefferson, Danilo, Dedé, Réver e Kléber; Ralf, Paulinho (Casemiro), Renato Abreu (Oscar) e Ronaldinho Gaúcho; Neymar e Leandro Damião.
Técnico: Alejandro Sabella. Técnico: Mano Menezes.
Cartão amarelo: Zapata (ARG)
Local: estádio Mário Kempes, em Córdoba, Argentina. Árbitro: Enrique Osseas Zencovich (CHI)
Auxiliares: Patricio Basualto Vargas (CHI) e Carlos Astroza Cárdenas (CHI)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Em Jogo Milesimo de Rogerio Ceni, São Paulo vence o Galo e assume a liderança

Foi tarde de festa no Morumbi. O milésimo jogo de Rogério Ceni com a camisa do São Paulo veio acompanhado de vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG e uma liderança que vai durar pelo menos até quinta-feira. Com 41 pontos, o São Paulo ainda pode perder a primeira colocação do Brasileirão para Corinthians (40 pontos) e Vasco (38), que enfrentam Flamengo e Coritiba, respectivamente.

A torcida tricolor estabeleceu o recorde de público do campeonato (60.514 pagantes) e viu seu time acabar com um jejum que já durava três partidas no estádio - empates com Palmeiras e Atlético-PR e derrota para o Fluminense. Mas acima de tudo reverenciou seu goleiro, que após a partida recebeu os cumprimentos dos companheiros e foi até o grande escudo no gramado para beijá-lo.

- Isso aqui é a minha vida. Obrigado, amo vocês - declarou.

Os gols da vitória foram marcados por Lucas, logo aos 25 segundos, e Dagoberto. Réver ainda empatou para os mineiros, que vinham de duas vitórias e, com 21 pontos, estão na 17ª posição.

Na próxima rodada, o São Paulo vai até Porto Alegre, onde enfrenta o Grêmio, no Olímpico, às 18h de domingo. Já o Atlético-MG recebe o Bahia, na Arena do Jacaré, no mesmo dia e horário.

rogerio ceni são paulo 1000 jogos atlético-mg (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Ceni beija o escudo do São Paulo diante de 60 mil pagantes (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Festa, gol-relâmpago e ducha de água fria

Os jogadores do São Paulo entraram em campo empolgados pela bonita festa pelos mil jogos de Rogério Ceni com a camisa tricolor. Já os atleticanos pareceram anestesiados com o Morumbi lotado. A combinação mostrou efeitos logo aos 25 segundos de jogo, no primeiro lance da partida.

Casemiro carregou pela direita a bola, que, após dividida com a zaga adversária, sobrou para Lucas. Ele invadiu a área e finalizou longe do alcance de Renan Ribeiro. Foi o gol mais rápido deste Brasileirão, superando o de Jorge Henrique, do Corinthians, marcado aos 28 segundos contra o América-MG.

Apesar do gol-relâmpago, o Galo se recuperou rápido. Com a defesa mais equilibrada, foi ao ataque. De bola parada, uma das jogadas mais usuais e perigosas da equipe, veio a ducha de água fria nos tricolores. Em cobrança de escanteio de Daniel Carvalho pela esquerda, Réver subiu muito, quase na risca da pequena área, e empatou.

A partir daí, o equilíbrio foi a tônica. O São Paulo era mais presente no ataque, sempre combinando jogadas pela direita com a dupla Casemiro e Lucas. No entanto, percebendo a movimentação pelo setor, Richarlyson e Fillipe Soutto - e algumas vezes Pierre - passaram a exercer a marcação de forma mais próxima.

Pelo lado atleticano, Daniel Carvalho era bem marcado por Rodrigo Caio, e por isso o Galo não tinha criatividade para chegar e abusava dos lançamentos longos, mais parecidos com chutões. Assim, Neto Berola corria muito, mas sem produtividade, enquanto André pouco tocava na bola. Para piorar, ele voltou a sentir a dor no tornozelo esquerdo que já o tirou de algumas partidas. Por causa da lesão, acabou substituído por Guilherme e foi para o vestiário chorando.

Muito fechado, o Atlético-MG bloqueava as tentativas tricolores e tinha o triplo de desarmes do adversário. Porém, sem qualidade do meio para frente, não conseguia chegar com perigo ao ataque.

Richarlyson e lucas, São Paulo x Atlético-mg (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)O ex-são-paulino Richarlyson persegue o garoto Lucas (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)

Dagol resolve

O segundo tempo começou mais equilibrado, mas o gol tricolor não demorou a surgir. Logo aos seis minutos, Dagoberto recebeu na meia esquerda do ataque, deixou Fillipe Soutto na saudade e do meio da rua mandou uma pancada no canto direito de Renan Ribeiro, que saltou, mas nada pôde fazer.

O gol causou reação rápida em Cuca, já que o gol saiu na primeira jogada efetiva criada pela direita de sua defesa. O técnico sacou Mancini, muito apagado, para a entrada do jovem meia Bernard. Dessa forma, o volante Serginho foi deslocado para a lateral, função que também exerce com regularidade.

A partir daí, começou o xadrez dos treinadores: Adilson sacou Cícero para a entrada de Rivaldo, muito aplaudido pela torcida. Por sua vez, Cuca colocou o também veterano Magno Alves, no lugar do improdutivo Neto Berola.

As mudanças dos dois lados surtiram pouco efeito. Apesar do gol sofrido, o Galo continuou com a mesma postura, priorizando a marcação, sem chegada ao ataque. O São Paulo, por sua vez, esperava o adversário no campo de defesa e tentava um contragolpe para garantir os três pontos.

As chances até que apareceram, a melhor delas com Dagoberto. Após bela jogada de Henrique pela direita, ele cruzou na segunda trave. O atacante tentou por cobertura, mas errou o alvo. Já com um a menos nos minutos finais, após expulsão direta de Leonardo Silva por entrada dura em Carlinhos Paraíba, o Atlético-MG tentou o empate na base do abafa, mas a defesa tricolor prevaleceu e garantiu o resultado.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Rogerio Ceni comenta os seus jogos centenarios pelo São Paulo

Vitórias, derrotas, um gol, pênalti perdido, discussão com a arbitragem. É dessa maneira que pode-se analisar os jogos centenários disputados por Rogério Ceni com a camisa do São Paulo. A convite do Globoesporte.com, o camisa 1 do time do Morumbi assistiu a um vídeo com as partidas e teceu alguns comentários sobre seu desempenho e da equipe.

Primeiro, o capitão são-paulino elogiou a trilha sonora do material, que tem AC/DC, uma das bandas prediletas do goleiro-artilheiro:

- Rapaz, mas a trilha sonora é boa demais, hein!

O jogo número 100 do camisa 1 foi contra o Grêmio, em Campo Grande (MS) pela Copa dos Campeões Mundiais. Apesar da vitória por 2 a 1, a partida não traz boas recordações para o jogador.

- Foi nesse jogo que sofri minha primeira lesão no joelho. Ganhamos por 2 a 1 e, logo depois, tive de operar o menisco – lembrou.

A partida de número 200 ficou marcada pela derrota por 2 a 1 para o Botafogo, pelo torneio Rio-São Paulo de 1999. Naquele ano, o Tricolor fez grande campanha, mas acabou eliminado pelo Vasco na semifinal.

- Perdemos para o Botafogo com um gol do Bebeto, que virou o pé na hora de chutar a bola.

JOGO DATA ADVERSÁRIO LOCAL COMPETIÇÂO PLACAR
100 14/06/1997 Grêmio Campo Grande (MS) Copa dos campeões mundiais 2 x 1
200 07/02/1999 Botafogo-RJ Maracanã Torneio Rio-São Paulo 1 x 2
300 15/07/2000 Vitória-BA João Pessoa (PB) Copa dos Campeões 2 x 0
400 17/03/2002 Bangu Morumbi Torneio Rio-São Paulo 7 x 0
500 15/11/2003 Bolton-ING Bolton-ING Amistoso 6 x 3
600 24/04/2005 Fluminense Maracanã Campeonato Brasileiro 1 x 2
700 24/09/2006 Palmeiras Presidente Prudente (SP) Campeonato Brasileiro 1 x 3
800 06/04/2008 Juventus-SP Morumbi Campeonato Paulista 3 x 1
900 04/04/2010 Botafogo-SP Morumbi Campeonato Paulista 5 x 0




O duelo 300, contra o Vitória, pela Copa dos Campeões de 2000, torneio no qual o São Paulo perdeu a decisão para o Flamengo, não mereceu maiores comentários do recordista são-paulino, que até se surpreendeu com o placar do jogo 400: São Paulo 7 x 0 Bangu, pelo Rio São-Paulo de 2002. Na ocasião, o Tricolor era o atual campeão.

- São Paulo 7, Bangu 0. Para te falar a verdade, não me lembrava dessa partida. Olha o França, Françoaldo Alves Sena, jogando – disse o camisa 1, relembrando com carinho de um dos principais atacantes do Tricolor no final dos anos 90 e início da década passada.

Um dos jogos centenários de Rogério Ceni foi fora do Brasil. O 500 foi um amistoso contra o Bolton Wanderers, na Inglaterra, e terminou com o incrível placar de 6 a 3 para o Tricolor.

- Essa partida foi realizada no Reebok Stadium e começamos perdendo por 2 a 0. Depois, o Gustavo Nery marcou quatro gols e ganhamos por 6 a 3 – disse Ceni.

Após uma derrota na partida 600 para o Fluminense por 2 a 1, no Maracanã, o jogo 700 marcou o insucesso no clássico contra o Palmeiras por 3 a 1, em Presidente Prudente.

- Foi a única derrota que tivemos no segundo turno do Campeonato Brasileiro de 2006. E curiosamente foi com o (Cleber Wellington) Abade apitando. Ele expulsou o Alex Silva injustamente – lembrou Ceni, mencionando um árbitro que é seu desafeto.

entrevista são paulo rogério ceni (Foto: Agência Estado)Ceni chega ao milésimo jogo pelo São Paulo nesta quarta-feira, contra o Atlético-MG (Foto: Agência Estado)

A partida 800 marcou o primeiro gol do maior goleiro-artilheiro do mundo em um jogo centenário. Foi na vitória por 3 a 1 sobre o Juventus, no estádio do Morumbi.

- Lembro que perdi o pênalti e o juiz, acertadamente, mandou voltar a cobrança, já que o goleiro havia adiantado. Tá certinho, adiantou tem de voltar – disse ele, rindo da ironia.

Para fechar, o duelo 900 mostrou Ceni perdendo um pênalti contra o Botafogo-SP no Morumbi. Menos mal que o time saiu de campo com uma vitória por 5 a 0.

- Eu tentei dar a paradinha, mas o goleiro não caiu. Paciência.

Resta saber agora o que acontecerá na milésima partida.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Brasil vence Gana por 1a0

Era somente um amistoso, mas parecia decisão de campeonato. E o “gol do título” teve a assinatura de Leandro Damião, o menos badalado do novo quarteto do Brasil, formado também por Ganso (que saiu machucado), Ronaldinho (de atuação discreta até os últimos minutos quando quase marcou de falta e acertou um belo passe para Alexandre Pato) e Neymar (o melhor deles). Graças ao tento do atacante do Internacional, o Brasil venceu Gana por 1 a 0, na noite desta segunda-feira, no Craven Cottage, em Londres, e enfim se reencontrou com a vitória.

Essa vitória sobre Gana certamente dá mais fôlego ao técnico Mano Menezes, que vinha pressionado pela eliminação precoce na Copa América e pelas derrotas para seleções de ponta, como Argentina, França e Alemanha. Agora, em 14 jogos sob seu comando, o Brasil tem sete vitórias, quatro empates e três derrotas.

O triunfo também mantém o excelente retrospecto recente da Seleção Brasileira em Londres. Desde 2006, quando a capital inglesa passou a ser a “casa” dos amistosos do Brasil, o time canarinho venceu sete vezes, empatou uma e perdeu somente em uma oportunidade.

MEIO DE CAMPO: Drible de Ronaldinho rende elogios de Ronaldo no Twitter. Veja!

leandro damião brasil x gana (Foto: AP)Jogadoresda Seleção Brasileira comemoram o gol marcado por Leandro Damião (Foto: AP)

Os dois próximos desafios da Seleção Brasileira serão contra a Argentina, no que está sendo chamado de Superclássico das Américas. A primeira partida será dia 14, em Córdoba. E o jogo de volta, no Brasil, será dia 28, em Belém. Somente jogadores que atuam no futebol nacional dos dois países foram chamados.

Amistoso? Nada disso!

Lesão muscular, broncas, seis cartões amarelos, um vermelho, gol anulado, vaias... Não dá para dizer que o primeiro tempo de Brasil e Gana foi monótono. Pelo contrário. O amistoso teve cara de decisão de campeonato. Nenhum dos dois times se poupou e por muitas vezes houve excesso de ambos os lados.

Sem medo, a seleção africana foi para cima dos brasileiros. O time de Mano Menezes, aliás, parecia não esperar uma ação dessa por parte de Gana. Assustou-se e recuou. A situação ainda piorou aos oito minutos, quando Ganso deixou o campo com uma lesão muscular na coxa esquerda. Elias entrou em seu lugar.

E logo em seu primeiro lance, o volante confirmou o nervosismo do time verde e amarelo. Deu uma entrada dura em Boateng e levou cartão amarelo. Antes, por uma falta forte em Neymar, o ganense Opare (guarde esse nome!) foi advertido. Os minutos seguintes foram de “luta livre”. Pancada de um lado e do outro.

O árbitro inglês Mike Dean, então, distribuiu alguns cartões amarelos e deu algumas broncas em brasileiros e ganenses. Sem força ofensiva e pouca criatividade, o Brasil dependia de alguns lampejos do trio Ronaldinho, Neymar e Damião. Foram apenas duas jogadas importantes do trio no primeiro tempo.

Dos três, o atacante santista era o melhor. Chamou a responsabilidade e deu belo lançamento para Leandro Damião marcar por cobertura, aos 26 minutos. O árbitro, no entanto, anulou corretamente o gol por impedimento. O clima voltou a ficar quente aos 33 minutos, quando Opare, aquele citado acima, foi expulso.

Damião marca o primeiro gol com a camisa da Seleção Brasileira

ganso brasil x gana (Foto: Mowa Press)Participação de Paulo Henrique Ganso em Londres
durou apenas oito minutos (Foto: Mowa Press)

Ele entrou na área brasileira driblando e deixou o pé em dividida com Lúcio. Como já tinha o amarelo, levou o segundo e foi expulso. A partir daí, a cada toque do zagueiro brasileiro na bola, vaias partiam dos africanos. A torcida brasileira tentou calá-los gritando o nome do jogador, mas só Leandro Damião teve esse poder.

Aos 44 minutos, o atacante do Internacional recebeu lindo passe de Fernandinho, uma das surpresas de Mano nos dois últimos jogos, e chutou forte, rasteiro, para comemorar seu primeiro gol com a camisa da Seleção Brasileira. Um gol que fez o técnico Mano Menezes e a torcida verde e amarela respirarem aliviados.

Lampejos e caça a Neymar

Fernandinho fez um bom primeiro tempo na marcação e deu linda assistência para o gol de Leandro Damião, mas não voltou para o segundo tempo. Mano Menezes colocou o atacante Hulk em seu lugar. Assim, Ronaldinho Gaúcho passou a jogar mais na armação, juntamente de Elias, o substituto de Ganso.

Mais calma em relação ao primeiro tempo, a Seleção Brasileira mostrou mais toque de bola no início da etapa final. Neymar, assim como antes, comandava as principais jogadas da equipe canarinho. Gana, por outro lado, não se retraiu por ter um homem a menos em campo e tentou algumas jogadas na frente.

neymar brasil x gana (Foto: Mowa Press)Neymar sofre com a forte marcação da seleção de Gana, que abusou das faltas (Foto: Mowa Press)

Grande estrela desse amistoso, Ronaldinho Gaúcho continuava apenas com lampejos, muito embora a bola passasse sempre por ele. Na verdade, a Seleção Brasileira, como um todo, estava assim, alternando boas jogadas com passes errados. E Gana, ainda sem medo, continuava arriscando. Mas sem sucesso.

ronaldinho gaúcho brasil x gana (Foto: AP)Ronaldinho teve atuação discreta até os últimos
minutos do duelo contra Gana (Foto: AP)

Vez ou outra, o excesso de força do primeiro tempo se fazia presente. Mas o árbitro Mike Dean preferiu em muitos lances levar na base de conversa. O fato é que brasileiros e ganenses não estavam com espírito de amistoso. A não ser na hora de estender a mão para ajudar o adversário a se levantar após uma falta.

Sem conseguir assustar o Brasil, os jogadores de Gana resolveram continuar a caça a Neymar, iniciada ainda no primeiro tempo. A cada tentativa de drible do santista, ele recebia uma pancada. Mas mostrou personalidade e não se intimidou com o jogo duro dos africanos, muitos deles com o cartão amarelo. Aos 39, Ronaldinho deu um belo lançamento para Alexandre Pato. O atacante subiu deu uma testada forte, e o goleiro Kwarasey voou para evitar o segundo tento canarinho.

Ronaldinho Gaúcho quase foi premiado com um gol no último minuto de jogo. Em cobrança de falta, o atacante tirou da barreira, mas o goleiro Kwaresey voltou a fazer milagre no Craven Cottage Stadium. Espalmou a bola na trave para evitar mais uma vez o gol brasileiro.

Tocando bem a bola e apostando na agilidade e habilidade de Neymar, o Brasil bem que tentou o segundo gol, mas não conseguiu. Assim, o herói do reencontro da Seleção Brasileira com a vitória foi um só: Leandro Damião. Vai ser difícil, depois dessa atuação, ele perder a posição para os próximos jogos diante dos argentinos, nos dias 14 e 28 de setembro.

BRASIL 1 X 0 GANA
Julio César, Daniel Alves, Lucio, Thiago Silva e Marcelo; Lucas Leiva, Fernandinho (Hulk) e Paulo Henrique Ganso (Elias); Ronaldinho Gaúcho, Neymar e Leandro Damião (Alexandre Pato). Adam Kwarasey; Daniel Opare, John Pantsil, Jonathan Mensah e Samuel Inkmoon; Emmanuel Agyemang-Badu (Adomah), Derek Boateng (Lee Addy), Kwadwo Asamoah (Anthony Annan) e Sulley Muntari (Mohammed Rabiu); Jordan Ayew (Dominik Adiyah) e Isaac Vorsah
Técnico: Mano Menezes Técnico: Goran Stevanovic
Gols: Leandro Damião, aos 44 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Elias, Fernandinho (Brasil); Addy, Opare, Boateng, Mensah, Inkmoon (Gana)
Cartões vermelhos: Opare (Gana)
Árbitro: Mike Dean (ING)
Auxiliares: Simon Long (ING) e Adam Watts (ING)
Estádio: Craven Cottage Stadium, em Londres (ING)