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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Louco Abreu quer ser maior artilheiro em atividade

Aos 35 anos, Loco Abreu tem muita história para contar. Sempre um personagem de destaque, o uruguaio vestiu camisas de 17 clubes, além da seleção de seu país. Fez gol em decisão por pênalti em Copa do Mundo, virou ídolo no Uruguai, onde comanda um programa de televisão, e defendeu o Nacional, sua paixão. Hoje, no Botafogo, se preocupa com o legado que deixará para seus quatro filhos, principalmente os gêmeos Facundo e Franco, de apenas três anos de idade, que terão poucas chances de vê-lo em ação.

loco abreu botafogo treino (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)

Por isso, Loco se apega aos números para mostrar os feitos de sua carreira. Décimo maior artilheiro de primeira divisão em atividade, segundo a Federação Internacional de História e Estatística de Futebol (IFFHS), o atacante planeja voos ainda maiores na reta final de sua vida como jogador de futebol. Pretende assumir o primeiro lugar.

- Para minha felicidade, aos 35 anos, estou nessa lista. Isso significa muita coisa. Alguns jogadores fazem gols em uma temporada e ficam outras sete sem fazer. Isso é uma motivação para continuar jogando, fazendo gols e, daqui a pouco, ser o primeiro colocado - afirmou Loco Abreu, em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM.

- O legal para mim é que os gêmeos só vão saber o que eu fiz na minha carreira pelos números e vídeos. É importante que eles saibam o que o pai deles fez.

Com 236 gols em 421 jogos de primeira divisão, Loco se apega à idade para chegar ao topo da lista. Muitos dos rivais estão perto do fim de carreira e apenas dois deles são mais novos: Raúl, do Schalke 04, e Henry, que voltou ao Arsenal. Eles têm 34 anos e marcaram 250 e 249 gols, respectivamente, atualizados até o dia 31 de dezembro do ano passado.

loco abreu botafogo treino autógrafo  (Foto: Jorge William / O Globo)Loco Abreu distribui autógrafos depois do treinamento do Botafogo (Foto: Jorge William / O Globo)

- Com todo respeito, só considero dois jogadores na minha frente (Raúl e Henry), que disputam campeonatos tão disputados quanto o Brasileiro, que é o terceiro mais forte do mundo (também segundo o IFFHS). Depois de 18 temporadas, mostra que valeu a pena todo o sacrifício - afirmou Loco Abreu, que tem cinco artilharias e 12 títulos em seu currículo.

Maiores artilheiros na ativa
Aleksandar Djuric (Tampines Rovers/CIN)336 gols
Maksim Gruznov (Trans Narva/EST)298 gols
Rivaldo (atualmente sem clube)272 gols
Juan García Rivas (Zamora/VEN)271 gols
Raúl (Schalke 04/ALE)250 gols
Thierry Henry (Arsenal/ING)249 gols
Sergio Ibarra (Cienciano/PER)246 gols
Sigurd Rushfeldt (Tromso/NOR)246 gols
Jafar Irismetov (Zarafshan/UZB)239 gols
Loco Abreu (Botafogo)236 gols

A preocupação com as estatísticas na vida de Loco Abreu é tão grande que seu site oficial fornece todos os números de sua carreira. Depois de acompanhar a ascensão e queda de vários companheiros e ex-jogadores, entendeu a melhor forma de não ser esquecido quando parar de jogar futebol.

- A estatística não dá para esquecer. Vi jogadores serem injustiçados. Eles tiveram uma baita carreira e, por não terem ido bem no fim, seus números são esquecidos. Quando você olha esses números, lembra dos feitos. Sempre me preocupei em manter isso de uma forma fácil de ser acessada. No site, tem tudo e mantenho sempre atualizado - disse Loco Abreu.

A loucura por números começou com a necessidade de crescer como atleta. Ex-jogador de basquete, aprendeu que eles poderiam ajudar a melhorar os fundamentos. Levou a lição para o futebol quando começou a atuar no campo. Apesar de contabilizar os gols, Loco reconhece que não há sentimento como o de levantar uma taça.

- A satisfação de ser artilheiro não se compara com a de ser campeão - afirmou Loco, sem prometer um número de gols para 2012 apesar de sua corrida para ser o maior goleador em atividade. - Faz tempo que não tenho uma meta de gols em uma temporada. Jogo para ser campeão. Se marcar, é um algo mais - afirma.

A última vez em que Loco comemorou uma artilharia foi em 2006, no Torneio Clausura do México. Na época, marcou 11 gols com a camisa do Dorados, mesma marca do Apertura de 2005, quando também terminou como artilheiro da competição. No Brasileirão do ano passado, foram 13, seu número da sorte, em 23 jogos, uma média semelhante da geral, que o motiva a continuar. No geral, são 51 gols em 88 partidas disputadas.

Loco Abreu fez 13 gols no Brasileiro de 2011 e tem 51 em 88 jogos, ao todo, pelo Bota

- Depois, bati três vezes na trave. Na Libertadores de 2008, pelo River Plate, fiz sete e os artilheiros (Cabañas, Palermo e Marcelo Moreno) tiveram oito. No Carioca de 2010, perdi para o Vagner Love (15 a 11) e, em 2011, foi para o Fred (10 a 9) - comentou Loco, sem preocupação com o jejum.

- Não tem problema. Tomara mesmo que eu seja campeão esse ano mais uma vez.

Roberto Carlos vira lenda em uma região que sofre com o preconceito racial na rusia

O prestígio de Roberto Carlos percebe-se antes mesmo de chegar a Makhachkala. Na estrada que leva à capital do Daguestão, cartazes do jogador vão aparecendo aos poucos, sozinho ou em destaque junto aos companheiros de Anzhi, e ficando mais frequentes conforme se entra na cidade. O carinho pelo brasileiro, que já era grande, cresceu mais ainda após as manifestações racistas de que foi vítima no Campeonato Russo. Numa região acostumada a sofrer com o preconceito, os moradores sabem muito bem o que sentiu o jogador a quem chamam de ”lenda”.

– Depois do problema no jogo contra o Krylya organizaram um grande evento em Makhachkala para os torcedores encontrarem o Roberto Carlos em sinal de apoio. Foi assim que consegui essa camisa – disse Shamil, a caminho do estádio do Dínamo para acompanhar uma partida do Anzhi, apontando para o próprio peito.

Na camisa dele, a foto do pentacampeão e a frase ”eu apertei a mão da lenda”.

– Sim, eu apertei a mão dele – acrescentou o torcedor, cheio de orgulho, abrindo um enorme sorriso.

Anzhi Roberto Carlos  (Foto: Rafael Maranhão/Globoesporte.com)Shamil mostra orgulhoso a camisa de RC (Foto: Rafael Maranhão/Globoesporte.com)

O incidente citado por Shamil aconteceu numa partida em junho, em Sovetov, na qual um torcedor atirou uma banana no gramado na direção do brasileiro. Em março, Roberto Carlos já havia passado por situação parecida em partida diante do Zenit, em São Petersburgo. O jogador atirou a banana para longe e deixou o gramado transtornado. Roberto Carlos lembra a manifestação de apoio em Makhachkala de forma especial.

– Foi incrível. Veio muita gente, parecia que era a cidade inteira. Uma demonstração de carinho muito grande, para mostrar que isso é coisa de uma minoria. Fiquei muito feliz. A forma como me tratam aqui é especial – afirma.

”Lenda” pede providências

Roberto Carlos bem que gostaria, mas sabe que não pode garantir que manifestações racistas como as daquelas duas partidas não voltarão se repetir.

– Aqueles torcedores, se é que podem ser chamados assim, foram punidos e nunca mais vão poder pisar num estádio de futebol. Mas, infelizmente, essas coisas ainda acontecem. Eles precisam fazer algo. A Rússia vai receber uma Copa do Mundo em 2018 e não há mais espaço para isso no futebol. Quase todas as equipes daqui têm jogadores negros.

roberto carlos banana (Foto: Divulgação)Banana atirada em Roberto Carlos durante jogo entre Anzhi e Zenit (Foto: Divulgação)

Fora dos gramados, mas ainda dentro dos estádios russos, um outro problema é a associação de membros de torcidas organizadas com movimentos de extrema direita e neo-nazistas, que protestam contra imigrantes e o dinheiro gasto pelo governo em regiões mais pobres do país.

Em dezembro, na passeata dos nacionalistas em Moscou, mais de cinco mil pessoas, integrantes de organizadas entre elas, gritavam ”Rússia para os russos” e carregavam um cartaz com os dizeres ”parem de alimentar o Cáucaso”. Partidas do Anzhi contra times de Moscou e São Petersburgo são consideradas de altíssimo risco. Ainda restam oito delas até o fim do campeonato.

domingo, 8 de janeiro de 2012

United Elimina o City pela copa da inglaterra

Um clássico fadado a grandes jogos. Assim têm sido os encontros entre Manchester United e Manchester City nos últimos anos. Neste domingo, não foi diferente. E dessa vez, a tradição venceu o momento. Mesmo em má fase, vindo de duas derrotas seguidas, o Manchester United superou o City, líder do Campeonato Inglês, no esperado clássico pela terceira rodada da Copa da Inglaterra, no City of Manchester Stadium. Com um primeiro tempo avassalador, a equipe de Sir Alex Ferguson chegou a abrir 3 a 0 sobre o rival, que ficou com um homem a menos logo aos 11 minutos de jogo. Na etapa final, o City reagiu, cortou a diferença para 3 a 2, mas não evitou a classificação do adversário e, consequentemente, sua eliminação.

devid beckham city of manchester (Foto: Agência Getty Images)


O grande nome do jogo foi Wayne Rooney, que parece ter uma estrela toda especial contra o Manchester City. Poucas horas depois de a informação de que os citizens estariam interessados em "roubar" o atacante do rival, ele mostrou o porquê dessa vontade de Roberto Mancini. Mais uma vez, deu muito trabalho. Fez dois gols e foi o líder do United em campo, adicionando mais esta partida à galeria de clássicos que decidiu, como na Premier League do ano passado, com um golaço de bicicleta (concorrente ao prêmio Puskas da Fifa), e a semifinal da Carling Cup de 2010, com uma cabeçada certeira nos acréscimos.

Outro personagem da partida foi Paul Scholes. Aposentado há seis meses, ele decidiu pegar as chuteiras de volta do varal e convenceu o técnico Alex Ferguson de que ainda poderia ser útil ao Manchester United. De fato, foi. Não só ficou no banco de reservas, como foi ovacionado pela torcida e entrou no meio do segundo tempo. Acabou falhando no segundo gol do City, é verdade, mas nos últimos minutos foi decisivo com sua experiência e seus passes de qualidade para segurar a posse de bola até o apito final.

rooney manchester united gol manchester city (Foto: Agência Getty Images)Rooney foi o nome do jogo para o Manchester United (Foto: Agência Getty Images)

Gol relâmpago e expulsão ajudam United

Devolver na mesma moeda os 6 a 1 de outubro era algo realmente muito difícil, mas talvez nem o mais otimista dos torcedores do United poderia prever um primeiro tempo tão perfeito no Etihad Stadium. Primeiro, pelo momento das equipes: os Reds vinham de duas derrotas, enquanto os Citzens lideram em águas calmas a Premier League. Segundo, pelo começo avassalador do time azul, sem deixar o rival sequer respirar. Mas bastou um minuto, um jogador, para os primeiros 45 minutos serem pintados de vermelho no derby de Manchester.

A postura agressiva e confiante do City nos minutos iniciais calaram até mesmo a empolgada torcida do United, que entrou no estádio aos gritos de “Campeones, Campeones”. Assim mesmo, em bom espanhol, relembrando que são os detentores do título inglês. Mas a competição era outra, e na Copa o caneco está nas mãos dos Citzens. Está, mas não estará mais em maio. E o responsável por isso se chama Wayne Rooney.

rooney manchester united gol manchester city (Foto: Agência AP)Rooney vibra: atacante marcou dois dos três do
United (Foto: Agência AP)

Foi ele quem acordou um United acuado, apático e até certo tempo medroso aos nove minutos. Ao receber a bola na intermediária, conduziu com imponência e ao mesmo tempo em que tocou para Valencia, na direita, correu para área como quem dissesse: “Joga em mim que eu decido”. O equatoriano ouviu, e Rooney realmente decidiu. O cruzamento saiu perfeito para que ele subisse mais que a defesa e cabeceasse no ângulo direito de Pantilimon. Inapelável. A bola ainda tocou no travessão antes de balançar a redes e o atacante sair em direção aos rivais mostrando o escudo dos Reds: 1 a 0 United. E a sorte mudou.

Mudou tanto que já no lance seguinte Vincent Kompany desarmou Nani e foi expulso. Sim, o desarme foi feito na bola, mas a força excessiva do carrinho foi suficiente para que Chris Foy sacasse o vermelho United do bolso e deixasse os donos da casa com 10. Revolta na parte azul da arquibancada. Festa nos dois andares atrás do gol defendido por Lindegaard.

Três vira, seis acaba?

O nervosismo e o medo passaram a vestir azul. Aguero e Silva surgiam como as únicas mentes lúcidas em um time que seguia com maior posse de bola, mas pouco assustava. Enquanto isso, a sorte seguia do outro lado. Ataques do United eram raros. Entretanto, certeiros. Como aos 30, quando Nani aplicou lindo drible em Milner e rolou para Evra. O francês cruzou, a bola bateu em Welbeck, em Nasri e subiu. E se os defensores do City nada fizeram, o próprio Welbeck tratou de emendar um lindo voleio e colocar 2 a 0 no placar.

Incrédulos, os torcedores do City, o time da moda, o líder da Premier League, não tinham forças nem para cantar e viam os rivais fazerem de sua casa um verdadeiro parque de diversões. Em êxtase, pulavam de costas para o campo, virados para a parte azul e sonhavam até mesmo com uma revanche: “Nós queremos seis”, gritavam. Em campo, tudo continuava dando certo. Lembram da sorte, ela também acompanhou Rooney aos 39.

Após tabela com Giggs, Welbeck invadiu a área e foi derrubado por Kolarov. Pênalti. Mais novo sonho de consumo dos sheiks do City, Rooney foi para a cobrança. Pantilimon até defendeu o chute, mas não foi páreo para a sorte vermelha e viu a boa encontrar a cabeça do atacante, que marcou seu quinto gol no derby nos últimos dois anos no rebote. A essa altura, a pergunta era inevitável: três vira, seis termina?

paul scholes manchester united aquecimento manchester city (Foto: Agência Getty Images)Enquanto isso, Paul Scholes aquecia e se preparava para voltar aos gramados (Foto: Agência Getty Images)

Scholes reestreia, CIty reage, mas United mantém a frente

A resposta para pergunta foi dada por Kolarov aos dois minutos. Após Richards ser derrubado por Evra na entrada da área, o sérvio cobrou falta com perfeição, recolocou o City na partida e incendiou a torcida. Se em campo eram 10 contra 11, na arquibancada os citzens tentavam de todo jeito igualar as coisas. Cachecóis estendidos, gritos de incentivo e um time ensandecido em campo. Nem a sorte era capaz de reanimar o United.

nasri manchester city e rooney manchester united (Foto: Agência AP)City diminuiu a vantagem no segundo tempo, mas
não conseguiu empatar (Foto: Agência AP)

Acuado, Ferguson tirou Nani e colocou Scholes em campo. De volta após seis meses de aposentadoria, o volante sentiu a falta de ritmo e deixou o time ainda mais lento e sem poder de reação. Aos 18, mais um golpe azul em jogada argentina. Pela direita, Zabaleta cruzou rasteiro para Aguero emendar de primeira. Lindegaard fez a defesa parcial, mas no rebote o genro de Maradona só escorou: 3 x 2.

Ciente do perigo que corria, Alex Ferguson colocou Anderson em campo na vaga de Welbeck. A alteração tornou o United ainda mais defensivo. Na base do abafa e com todo o estádio apoiando de pé, o City se mandou para o ataque de forma agressiva. Eram chutes de longa distância, cruzamento para área, jogadas individuais. Uma verdadeira avalanche. Aos 40, um cruzamento de Milner pela esquerda encontrou o braço de Phil Jones dentro da área. Lance duvidoso e ignorado pela arbitragem.

Chuveirinhos ainda foram responsáveis pelos suspiros finais do City. Entretanto, a sorte era mesmo vermelha. Todo bate-rebate parava nos pés dos defensores do United até o apito final de Chris Foy. O 3 x 2 não foi humilhante como o 6 x 1 de outubro, mas foi mais devastador. O United segue em frente na Copa da Inglaterra, o City fica pelo caminho, e na Premier League tem mais: dia 28 de abril, novamente no Etihad Stadium, pela 36ª rodada. A rivalidade no clássico de Manchester segue mais viva do que nunca.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Real e Barça fazem mais um super jogo hj pelo campeonato espanhol

O Real Madrid beliscou a Copa do Rei, mas as conquistas do Barcelona no Campeonato Espanhol, Liga dos Campeões e Supercopa deixaram claro que o time do momento ainda é o de Lionel Messi. Neste sábado, no entanto, os merengues têm grande oportunidade para se consolidarem como maior força na atual temporada. Se vencerem o superclássico contra o maior rival, a partir das 19h (de Brasília), no Santiago Bernabéu, pela 16ª rodada, Cristiano Ronaldo e companhia abrirão uma vantagem de seis pontos - com um jogo a menos por conta do Mundial de Clubes – e serão os protagonistas da vez. O GLOBOESPORTE.COM acompanhará o jogão em Tempo Real a partir das 18h50m.

Cristiano Ronaldo comemoração Real Madrid (Foto: Getty Images)

Tamanha superioridade, caso confirme o triunfo diante do Sevilla no outro fim de semana, seria inédita nos últimos anos. Em quatro dos últimos cinco campeonatos, o título foi decidido pelos resultados do clássico. Em 2006/2007, por exemplo, Real e Barça encerraram as 38 rodadas com exatos 76 pontos, mas o troféu foi para os merengues, que levaram a melhor no confronto direto (uma vitória e um empate). Se tivesse repetido os resultados em 2010/2011, a equipe de José Mourinho também seria a campeã – foi goleada por 5 a 0 no Camp Nou e apenas empatou no returno (veja na tabela abaixo).

Temporada Clássicos
2010/2011
Barcelona - 96 pontos
Real Madrid - 92 pontos
29/11/2010 - Barcelona 5 x 0 Real

16/04/2011
- Real 1 x 1 Barcelona
2009/2010
Barcelona - 99 pontos
Real Madrid - 96 pontos
29/11/2009 - Barcelona 1 x 0 Real

10/04/2010 - Real 0 x 2 Barcelona
2008/2009
Barcelona - 87 pontos
Real Madrid - 78 pontos
13/12/2008 - Barcelona 2 x 0 Real

02/05/2009 - Real 2 x 6 Barcelona
2006/2007
Real Madrid - 76 pontos
Barcelona - 76 pontos
22/10/2006 - Real 2 x 0 Barcelona

10/03/2007 - Barcelona 3 x 3 Real

– É um raciocínio lógico. Suponhamos que abra nove pontos. Tem mais de um turno inteiro pela frente. A distância seria espetacular para o Real Madrid, mas não se pode abrir mão de um possível declínio quando as demais competições se afunilarem. Como admirador do Barcelona, jamais vou dizer que já está morto caso perca. E diria o mesmo se a situação fosse inversa. São os dois melhores times do mundo – disse o comentarista Lédio Carmona, do SporTV.

Recorde de vitórias?

O Real Madrid poderá ainda quebrar uma importante marca: alcançar 16 vitórias seguidas em jogos oficiais e superar o time de 1960/1961, que contava com Di Stéfano e Puskas. Desde a goleada por 6 a 2 sobre o Rayo Vallecano, no dia 24 de setembro, os merengues marcaram 57 gols e sofreram apenas nove. Os números comprovam o ótimo momento do time da capital.

– A fase do Real é melhor, não tem como dizer que não é favorito. Joga em casa e, depois de algum tempo sofrendo, conseguiu equilibrar as ações contra o Barcelona, já tem a fórmula para jogar diante do rival. O equilíbrio está estabelecido nessa temporada. Quem gosta de um bom futebol não vai ter crise de abstinência nesse início de férias no Brasil. Pode ter certeza – garantiu o comentarista.

messi iniesta fabregas barcelona gol levante (Foto: Agência EFE)Fàbregas junto a Iniesta e Messi: ex-Arsenal pode começar como titular (Foto: Agência EFE)

Em campo, o tom é de mistério. A imprensa espanhola passou a semana especulando sobre as escalações de Josep Guardiola e José Mourinho. O Barcelona tem duas opções: utilizar o já conhecido 4-3-3, com todas peças à disposição, ou mudar para o 3-4-3, abrindo espaço possivelmente para a entrada de Cesc Fàbregas. Fato é que irá viajar direto de Madri para o Japão, onde disputará o Mundial de Clubes a partir da próxima quinta-feira.

No Real, ao menos o esquema já é sabido. Enquanto Mourinho se ausentava da entrevista coletiva na véspera do jogo, o auxiliar Aitor Karanka confirmou o 4-3-3. Cristiano Ronaldo e Di María são os únicos do setor ofensivo garantidos. Benzema e Higuaín disputam uma vaga como centroavante, e Kaká, Özil, Lass Diarra, Coentrão e Khedira ocuparão dois postos no meio.

Confira as possíveis escalações:

Real Madrid: Casillas, Arbeloa, Sergio Ramos, Pepe e Marcelo; Xabi Alonso, Khedira e Özil (Lass ou Kaká); Di María, Benzema (Higuaín) e Cristiano Ronaldo. Técnico: José Mourinho.

Barcelona: Valdés, Daniel Alves, Piqué, Puyol e Abidal; Busquets, Xavi e Iniesta; Pedro, Messi e Villa. Técnico: Josep Guardiola.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Puyol fala da dispota pela bola de ouro da fifa

Aos poucos, Neymar já começa a fazer parte do dia a dia do Barcelona. E se, ao que parece, o discurso é de que ainda não são muitas as informações dos jogadores sobre o camisa 11 do Santos, é nítido nas palavras o respeito com o possível adversário na final do Mundial de Clubes, marcado para dezembro, no Japão. Depois de Xavi afirmar não conhecer muito, mas saber que o brasileiro parece fazer a diferença em campo, chegou a vez de Puyol se render ao talento do santista, mas com precaução.

Nesta terça-feira, no estádio San Siro, em Milão, onde o Barça encara o Milan, quarta, às 17h45m (de Brasília), pela quinta rodada do Grupo H da Liga dos Campeões da Europa, o capitão culé respondeu perguntas sobre Neymar. Assim como Xavi, ele elogiou o brasileiro, mas evitou colocá-lo até mesmo próximo de Lionel Messi na lista dos melhores do mundo.

- Se o Neymar pode chegar a Messi? O Neymar já provou que é um grandíssimo jogador, que faz a diferença, mas acho que Messi está muito acima de todos.

Puyol em coletiva no Barcelona (Foto: Reuters)Puyol arruma o cabelo durante coletiva: zagueiro ainda não está preocupado como Mundial (Foto: Reuters)

Marcar Neymar, inclusive, ainda sequer faz parte das preocupações de Puyol. Com clássicos contra Milan e Real Madrid (no dia 10 de dezembro) pela frente antes da viagem para o Japão, o zagueiro admitiu que a definição do melhor time do mundo na atualidade ainda não entrou em pauta no Camp Nou.

- O Mundial está muito longe. Temos partidas importantes até lá e é no que temos que pensar agora.

O pensamento de Puyol está voltado para outros brasileiros: Robinho e Pato. Apesar de só um deles ser titular na partida de quarta, essa é a principal dúvida de Massimiliano Allegri para escalar o Milan, ele demonstrou conhecer bem as características da dupla, e se mostrou preocupado.

O GLOBOESPORTE.COM transmite Milan x Barcelona ao vivo nesta quarta às 17h45m (de Brasília)

- Os brasileiros são jogadores complicados de marcar. Com um, não podemos dar espaço. Já o outro é muito perigoso com a bola no pé. O Robinho é habilidoso, o Pato é rápido, mas não podemos nos concentrar somente nesses dois. O Milan tem muitos jogadores que podem fazer a diferença.

Se para Neymar os elogios são tímidos e para Pato e Robinho moderados, o capitão do Barcelona não mediu palavras ao falar de Thiago Silva. Cogitado clube catalão na próxima temporada, o Monstro o encanta.

- Para mim, o Thiago é um dos melhores zagueiros do mundo. É completo. Defensivamente forte, com boa saída de bola e importante também ofensivamente.

A preocupação de Puyol com a vocação ofensiva de Thiago Silva é justificada. No jogo de ida da fase de grupos da Champions League, o zagueiro brasileiro marcou de cabeça, no minuto final, o gol que garantiu o empate por 2 a 2 em pleno Camp Nou.

info mundial clubes 2011 - 4 (Foto: ArteEsporte)