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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Corinthians vence o Bahia fora de casa e é o novo Lider do brasileirão

Quem vai parar o Corinthians no Campeonato Brasileiro? Nesta quarta-feira, o Timão não precisou do mesmo espetáculo demonstrado na goleada sobre o São Paulo para roubar do rival a liderança isolada. Com uma atuação eficiente, o Alvinegro segurou o embalado Bahia, venceu por 1 a 0, em Pituaçu, e chegou ao primeiro lugar. O capitão Chicão, cobrando pênalti sofrido por Liedson no primeiro tempo, fez o gol que manteve os paulistas invictos e freou a reação do Tricolor baiano. O destaque foi o goleiro Julio Cesar, que fez grandes defesas e impediu o empate no segundo tempo.

Com cinco vitórias em seis partidas, o Corinthians confirma a grande fase ao se transformar em líder. Chegou aos 16 pontos e superou em um o São Paulo, derrotado em casa pelo Botafogo. O Timão tem ainda uma partida a realizar, pela quinta rodada, contra o Santos, marcada para 10 de agosto, na Vila Belmiro. Na próxima quarta-feira, dia 6 de julho, recebe o Vasco, às 21h50m, no Pacaembu.

Já o Bahia segue em crise diante de sua apaixonada torcida e ainda não sabe o que é vencer em Salvador. Depois de bater Fluminense e Atlético-PR como visitante, o time de René Simões voltou a tropeçar e caiu para a 13ª colocação, com apenas oito pontos. Também no dia 6, encara o Avaí, às 19h30m, na Ressacada, em Florianópolis.

Bahia aperta, mas Chicão marca

Depois de duas preciosas vitórias fora de Salvador, não poderia haver noite melhor para o Bahia vencer pela primeira vez em casa no Brasileirão. A chuva deu uma trégua para a torcida comparecer em grande número ao estádio de Pituaçu. Ricardinho, aquele mesmo campeão mundial pelo Timão, parecia movido por um desejo de vingança após ter deixado o antigo clube pela porta dos fundos. Por dez minutos, organizou o jogo como nos velhos tempos e abriu espaços. Faltou pontaria a Júnior, em um perigoso chute à esquerda, e sorte a Jancarlos, em cruzamento que quase encobriu Julio Cesar.

O fôlego de Ricardinho para ligar o meio de campo ao ataque acabou rapidamente. Logo o Corinthians abandonou a cautela para voltar a exercer a mesma marcação sob pressão que enlouqueceu o rival São Paulo. Edenílson fez bem a função de Paulinho, suspenso, arrancando pelo lado direito. O Timão cresceu quando passou a trocar passes rápidos, como exigia Tite. Em um vacilo da zaga, Liedson escapou por trás e foi derrubado pelo goleiro Marcelo Lomba na área. O capitão Chicão, aos 13 minutos, bateu o pênalti e fez 1 a 0.

A pressão baiana esperada pelos alvinegros não aconteceu. Sem força na criação pelo meio, o Bahia arriscou principalmente nos avanços do veloz lateral-esquerdo Ávine. O Corinthians se retraiu para preparar o bote fatal nas saídas rápidas pelos lados e evitou o sufoco. Júnior ainda teve duas boas chances em cruzamentos para a área, mas fracassou. O garoto Gabriel, livre, cabeceou nas mãos de Julio Cesar, na melhor oportunidade de igualar o placar antes do fim do primeiro tempo.

Julio Cesar salva o Timão em Pituaçu

ricardinho william bahia x corinthians (Foto: Agência Estado)Ricardinho e Willian disputam a jogada
(Foto: Agência Estado)

O intervalo parece ter feito mal ao Bahia, que voltou para o segundo tempo cometendo muitos erros nos passes. Melhor para o calmo Corinthians impor seu ritmo e controlar o jogo. A vantagem poderia ter sido ampliada, não fosse ótima defesa de Marcelo Lomba no ângulo, em chute de Liedson. O time da casa só respondia nos cruzamentos altos para Júnior, agora barrado por Julio Cesar, em belo salto no canto esquerdo.

Com a forte marcação do Corinthians, René Simões tentou abrir a defesa adversária com a entrada do atacante Maranhão no lugar do lateral Ávine. Deu certo, mas a noite não parecia ser dos homens de frente do Bahia. Do outro lado, Julio Cesar fez sua parte, mostrando que a falha na final do Paulistão, contra o Santos, ficou no passado. Marcone cobrou falta violenta da intermediária para o goleiro se esticar no ângulo esquerdo.

A cada bom lance, o camisa 1 corintiano colocava um tijolo a mais na muralha que construía diante das traves. Marcos, aos 29, acertou o pé em cobrança de falta com estilo, mas lá estava Julio Cesar novamente para espalmar pela linha de fundo. Marcone voltou a tentar. Também esbarrou no goleiro.

Com o Timão tendo dificuldades para sair do sufoco, Tite promoveu a estreia do meia Alex no lugar de Danilo e colocou o atacante Emerson na vaga de Willian. Mas as trocas não surtiram qualquer efeito. O Bahia continuou em cima. Aos 34, Fahel marcou de cabeça após cobrança de falta pela direita, mas estava em impedimento. Empurrado pela torcida, o Bahia arriscou tudo nos últimos minutos, sem sucesso. No fim, restou apenas o consolo dos aplausos da torcida pelo empenho dos jogadores.

BAHIA 0 X 1 CORINTHIANS
Marcelo Lomba, Jancarlos (Marcos), Danny Morais, Paulo Miranda e Ávine (Maranhão); Fahel, Marcone, Diones e Ricardinho (Nikão), Gabriel e Júnior. Julio Cesar, Weldinho, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Edenílson e Danilo (Alex); Willian (Emerson), Liedson (Moradei) e Jorge Henrique.
Técnico: René Simões. Técnico: Tite.
Gols: Chicão, de pênalti, aos 13 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Jancarlos (Bahia); Danilo, Ralf, Chicão (Corinthians)
Data: 29/06/2011. Local: Pituaçu, em Salvador. Árbitro: Sandro Meira Ricci (Fifa-DF). Auxiliares: Carlos Emanuel Manzolillo (DF) e Cesar Augusto de Oliveira Vaz (DF). Público e renda: 32.157 pagantes
R$: 795.412,50

Ronaldinho parece estar voltando a sua "boa fase" e é o novo artilheiro do brasileirão

A rotina de empates do Flamengo parece ter sido superada. Na noite desta quarta-feira, o Rubro-Negro sofreu, mas conseguiu derrotar o América-MG por 3 a 2, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Vitória com a marca de Ronaldinho. Autor de dois gols, o Dente, como é chamado pelos companheiros, não foi espetacular o tempo todo. Mas soube decidir. Foi dele o primeiro, de falta, e o terceiro, após ótima jogada de Bottinelli. Deivid também marcou, chegando a quatro gols na competição. Um a menos do que o Gaúcho, que assumiu a artilharia do Campeonato Brasileiro.

O Coelho deu trabalho, conseguiu a virada no primeiro tempo, mas se encolheu demais na segunda etapa e convidou o adversário para jogar no seu campo. A expulsão de Leandro Ferreira, aos 27 da etapa final, também atrapalhou. Alessandro e Anderson marcaram para os mineiros, mas não bastou.

Com o resultado, o Flamengo chega a 13 pontos e assume o quinto lugar na tabela. O América, com cinco, continua em 17º, na zona de rebaixamento, e ainda pode ser ultrapassado pelo Coritiba, que recebe o Ceará nesta quinta-feira.

No sábado, o América-MG enfrenta o Santos, em São Paulo, em jogo adiado da sexta rodada. A partida será às 18h30m, no Pacaembu. O Flamengo volta a jogar na quarta-feira que vem, contra o São Paulo, no Engenhão, às 21h50m.

R10 faz de vez as pazes com a torcida

Ronaldinho não precisa de muito para fazer valer o talento que tem. E sabe disso. Quando quer jogar e se concentra, quase sempre consegue fazer a diferença. Foi assim no início do primeiro tempo. Poucos toques na bola, alguns bons passes e categoria numa cobrança de falta. O zagueiro Gabriel errou feio ao derrubar o Gaúcho tão perto da área. O camisa 10 colocou a bola no canto de Flávio. Na tentativa de se antecipar, o goleiro ficou sem ação e não conseguiu evitar o gol: 1 a 0 com apenas dez minutos. R10 chegou a quatro gols no Brasileirão e nove na temporada, sendo o segundo de falta. Marcara o primeiro na decisão da Taça Guanabara.

Abrir vantagem no placar era algo que o Flamengo não conseguia desde a estreia contra o Avaí. Mantê-la é que foi o problema. Na Arena do Jacaré, o time de Vanderlei Luxemburgo dominou as ações durante meia hora, mas foi pouco efetivo. Com Willians, Luiz Antonio e Renato, o poder de marcação do meio-campo até aumentou - as pancadas também. A defesa voltou a falhar feio na bola parada, assim como no gol sofrido contra o Atlético-MG, sábado passado. Em uma das sucessivas faltas cometidas pelos rubro-negros na intermediária, Amaral levantou, Welinton cabeceou para trás e acertou o travessão de Felipe. Na sobra, Angelim tentou dominar e permitiu que Alessandro aproveitasse o rebote, aos 37.

O gol mexeu com a equipe de Mauro Fernandes, que adiantou a marcação e levou o time a ficar mais tempo no campo do Fla. Apáticos, os visitantes aceitaram. Ronaldinho sumiu, Thiago Neves não arriscou nada além de um chute fraco de fora da área, e Deivid pouco tocou na bola.

Ronaldinho gol Flamengo x América-MG (Foto: Ag. Estado)Ronaldinho vibra na Arena do Jacaré após marcar: o atacante é o artilheiro do campeonato (Foto: Ag. Estado)

Pelo América, o lateral Gilson foi quem mais tentou nas investidas pela esquerda. Em uma delas, acabou derrubado por Willians no bico da área. Mais uma falta, mais um drama para a zaga rubro-negra. Amaral cruzou na primeira trave, a defesa não cortou outra vez, e o zagueiro Anderson se antecipou para o desvio, aos 45. Virada do Coelho: 2 a 1. A marcação do árbitro Wagner Reway gerou protestos dos rubro-negros. Ronaldinho foi quem mais reclamou antes de seguir para o vestiário, apesar da clara infração de Willians.

No primeiro tempo, foram oito finalizações do América-MG contra apenas quatro do Rubro-Negro. Além disso, o time mineiro alçou cinco bolas na área. O Fla, somente três.

Deivid volta a ser eficiente

Os gritos da torcida rubro-negra por Negueba começaram pouco depois do primeiro gol do América. O garoto voltou do intervalo no lugar de Luiz Antonio, na mesma formação que terminara a partida contra o Galo. Aberto pela direita, ele foi sempre uma boa alternativa e deu velocidade ao time nos contra-ataques. Léo Moura avançou um pouco mais, Ronaldinho arriscou alguns dribles objetivos, Thiago Neves despertou, e Deivid, enfim, começou a se mover para dar opções. Funcionou, aos dez minutos. Thiago Neves dominou na entrada da área, limpou para o chute, mas resolveu dar o passe. Dentro da área, Deivid girou e bateu cruzado: 2 a 2. Na comemoração, ele distribuiu palavrões na direção da arquibancada.

O América se assustou e não manteve o bom ritmo da parte final do primeiro tempo. O time até rondou a área do Flamengo, mas foi previsível e arriscou pouco. Os laterais Gilson e Marcos Rocha e o meia Amaral foram os que mais tentaram. Alessandro e Fábio Junior até batalharam, mas foram raras as chances de concluir. O Coelho ainda perdeu Leandro Ferreira, que fez falta em Willians, recebeu o segundo amarelo e foi expulso.

Com o cartão vermelho, os dois treinadores mudaram. Luxa tirou Willians e colocou Bottinelli. Mauro Fernandes tirou Rodriguinho e Fábio Júnior para as entradas de Fabrício e Willian Rocha, respectivamente. Virou jogo de ataque contra a defesa. O técnico do Flamengo percebeu e fez outra troca, colocando Diego Maurício no lugar de Deivid. O Flamengo tinha a bola a maior parte do tempo, ocupava o campo do adversário, mas sem conseguir chegar perto do gol. Os chutes de longa distância de Bottinelli foram boas opções, mas foi Ronaldinho quem decidiu. Aos 39, o argentino recebeu na intermediária, teve tempo de olhar e enxergar R10 livre. O Gaúcho ajeitou e bateu colocado, longe do alcance de Flávio: 3 a 2.

O árbitro deu três minutos de acréscimos, o Flamengo recuou, e o América-MG ainda rondou o gol rubro-negro. Era o efeito colateral da falta de marcadores. Exposto, Welinton era facilmente envolvido. Mas, para sorte da torcida rubro-negra, o tempo era curto.

AMÉRICA-MG 2 X 3 FLAMENGO
Flávio, Marcos Rocha, Anderson, Gabriel e Gilson; Dudu, Leandro Ferreira, Amaral (Kempes) e Rodriguinho (Fabrício); Alessandro e Fábio Júnior (Willian Rocha). Felipe, Léo Moura, Welinton, Ronaldo Angelim e Junior Cesar; Willians (Bottinelli), Luiz Antonio (Negueba), Renato e Thiago Neves; Ronaldinho Gaúcho e Deivid (Diego Maurício).
Técnico: Mauro Fernandes. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Data: 29/06/2011. Horário: 19h30m (de Brasília). Local: Arena do Jacaré, Sete Lagos (MG). Árbitro: Wagner Reway (PR). Auxiliares: Fábio Rodrigo Rubinho (MT) e Joadir Leite Pimenta (MT).
Cartões amarelos: Amaral, Alessandro e Leandro Ferreira (América-MG). Willians, Ronaldinho Gaúcho, Junior Cesar e Bottinelli (Flamengo). Cartão vermelho: Leandro Ferreira.
Gols: Ronaldinho Gaúcho, aos 10, Alessandro, aos 37, e Anderson, aos 45 minutos do primeiro tempo. Deivid, aos 10, e Ronaldinho Gaúcho, aos 39 minutos do segundo tempo.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Criatividade nas comemorações

Uns beijam a aliança para homenagear as esposas. Outros preferem o soco no ar. Quem está prestes a ser pai ou tem filhos recém-nascidos costumam colocar o dedo na boca, a bola por baixo do uniforme para simbolizar a barriga da mamãe ou embalar o bebê. Essas são apenas algumas das comemorações que prometem pintar nos jogos da Seleção Brasileira durante a Copa América, que será disputada a partir do dia 1º de julho, na Argentina.Fred gol Brasil x Romênia (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

A maioria dos jogadores da Seleção já tem algo em mente em caso de gol no torneio continental. Robinho, por exemplo, já sabe que ao marcar na Copa América vai homenagear o filho Gianluca, que nasceu em abril. Em 2007, com o primogênito Robson a caminho, o Rei das Pedaladas marcou seis gols na competição e não deixou de celebrar a chegada do menino.

- Fiz alguns gols para o meu primeiro filho naquela competição. Agora tenho o segundo e espero fazer muitos gols porque são dois e preciso homenagear todos. Guardo aquele momento de 2007 com muito carinho – disse o jogador.

Outro que tem um leque vasto de comemorações é Neymar. No Sul-Americano sub-20, no Peru, as dancinhas foram o carro-chefe do atacante. Na Libertadores, o soco no ar, bem parecido com o de Pelé nos tempos de Seleção e Santos, deram o ar da graça. Na decisão do torneio continental, porém, um fato novo: dedo na boca simulando as ações de um bebê. O jogador do Peixe será pai de um menino no fim de 2011.

Sinto muita falta da minha família, da minha esposa. Quando marcar um gol, sem dúvida, será dedicado para ela"
André Santos

Apesar das últimas comemorações, ele prefere não fazer promessas. Quer que a comemoração em caso de gol na Copa América seja espontânea.

- Não tenho uma comemoração em mente. Na hora vai sair alguma coisa - disse.

Fred preferiu não revela o que prentede fazer caso marque um gol. Mas afirmou que o grupo tem dois especialistas em coreografias.

- Essa parada de comemoração é com o Robinho e o Neymar, que ficam ensaiando no hotel. Espero que saiam muitos gols. Essa Seleção está sendo marcada por descontração e alegria. Primeiro vamos trabalhar para fazer os gols e vamos ver se sai algo naturalmente. Vou só no embalo deles - disse o atacante.

Mas a vibração e as comemorações não vão se restringir apenas a Robinho, Fred e Neymar. Cada jogador da Seleção tem o seu estilo. O lateral-esquerdo André Santos já sabe quem vai homenagear caso balance a rede dos rivais.

- Sinto muita falta da minha família, da minha esposa. Quando marcar um gol, sem dúvida, será dedicado para ela. Fico feliz porque ela me dá força para estar aqui todos os dias. Espero matar essa saudade quando eu voltar e, de preferência, com o título - afirmou o lateral.

O mais importante nem será o gesto dos atletas, mas sim os três pontos e o triunfo no dia 24 de julho, no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, para a equipe conquistar o tricampeonato do torneio continental.

domingo, 26 de junho de 2011

Vettel vence na Espanha

Desta vez não teve chuva, não teve safety car, não teve interrupção e, principalmente, não teve erro na última volta. As ruas de Valência recolocaram a Fórmula 1 em seu ritmo normal neste domingo, e Sebastian Vettel retomou sua rotina de vitórias – foi a sexta em oito etapas da temporada 2011. O alemão da RBR largou na pole position e, enquanto os rivais se revezavam nas posições atrás dele, venceu o GP da Europa de ponta a ponta, sem sustos ou surpresas. Se uma bobeada no fim lhe custou a primeira posição no Canadá, agora Vettel não deu bola nem para a nova e polêmica regra do mapeamento dos motores: tratou de carregar seu carro até a linha de chegada e esticou a supremacia na liderança do campeonato, com 77 pontos de vantagem para Jenson Button.

Se a nova regra da FIA tinha objetivo de reduzir o domínio da equipe austríaca, ao menos em Valência a estratégia não teve efeito. Mas deu para perceber que a Ferrari – e não a McLaren – se consolida como o time mais disposto a incomodar a RBR no campeonato. Tanto que atrás de Vettel cruzou Fernando Alonso. Correndo em casa, o espanhol passou a prova toda disputando posição com Mark Webber, que completou o pódio em terceiro.

Vettel GP de Valência (Foto: Reuters)Sebastian Vettel mantém a rotina de comemorar vitórias na temporada 2011 da Fórmula 1(Foto: Reuters)

Só então apareceu uma McLaren: a de Lewis Hamilton, quarto colocado. Felipe Massa, que teve problemas em sua segunda parada nos boxes, chegou em quinto, espremido entre a McLaren de Hamilton e a de Button, sexto colocado. O brasileiro Rubens Barrichello, da Williams, foi o 12º.

Os pilotos descansam no próximo fim de semana e voltam à pista no dia 10 de julho, para o GP da Inglaterra, em Silverstone. Clique aqui e confira a classificação geral dos pilotos.

Se o GP do Canadá começou no ritmo do safety car, o público em Valência viu uma largada de verdade (confira no vídeo ao lado). Enquanto Vettel pulou na frente, Massa saltou para terceiro, ultrapassando de uma só vez Hamilton e Alonso. Ainda tentou cortar Webber, mas o australiano lhe fechou a porta, e Alonso aproveitou para dar o troco, recuperando a terceira posição. O inglês da McLaren caiu de terceiro para quinto e logo ganhou companhia do colega de equipe: Button, que tinha perdido a sexta posição para Rosberg na largada, respondeu na sexta volta.

Na 13ª volta, começaram as paradas. Hamilton foi o primeiro do pelotão da frente a ir para os boxes, seguido por Webber, Vettel e Alonso. Massa sentiu o gosto da liderança e parou pouco depois, na 16ª. Voltou em quinto lugar, entre Hamilton e Button.

Schumacher, que voltava dos boxes, forçou para cima de Petrov e viu o russo levar parte da sua asa dianteira. Teve de retornar para trocar o bico inteiro da sua Mercedes e disse adeus à chance de uma boa corrida.

alonso GP de Valência (Foto: Reuters)Alonso festeja o segundo lugar (Foto: Reuters)

O pelotão da frente manteve suas posições até a 21ª volta, quando Alonso deu o bote para cima de Webber. No fim da reta, o espanhol abriu a asa móvel traseira, passou pelo australiano e assumiu o segundo lugar, para delírio da torcida.

Massa ganhou a quarta posição quando Hamilton parou de novo. Mas a Ferrari voltou a complicar a vida do brasileiro nos boxes. Se a primeira parada tinha sido boa, com 3.7s, a segunda teve problemas na roda traseira esquerda e levou 8,6s. Voltou na mesma quinta posição, mas se estava brigando com Hamilton pela quarta, passou a se defender de Button na luta pela sexta. Para sua sorte, o inglês reclamava com a McLaren sobre seu Kers.

Enquanto isso, lá na frente, Vettel já começava a ver no horizonte os 25 pontos da vitória. Na 34ª volta, o alemão fez a melhor da corrida até então, com 1m42s420. Atrás dele estava novamente Webber, que tinha tomado a vice-liderança de Alonso após a segunda parada. Mas o troca-troca entre o australiano e o espanhol continuou nas paradas seguintes. Alonso retomou a segunda posição e abriu um certo conforto para a RBR que vinha atrás, mas não conseguia chegar nem perto da que estava à frente. Assim desenhou-se o pódio em Valência.

Massa não conseguiu ganhar a posição de Hamilton e ficou espremido entre as duas McLarens. Pagou caro pela demora da Ferrari na segunda parada e cruzou em quinto.

Confira a classificação final do GP da Europa:

1. Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m46s179
2. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m44s328
3. Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 1m49s038
4. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 1m43s467
5. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m44s479
6. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m42s340
7. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m44s301
8. Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - 1m44s245
9. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - 1m43s952
10. Nick Heidfeld (ALE/Renault-Lotus) - 1m44s467
11. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari) - 1m46s046
12. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - 1m44s907
13. Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - 1m44s568
14. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - 1m45s043
15. Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - 1m45s356
16. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 1m45s901
17. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1m48s419
18. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - 1m45s603
19. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - 1m49s606
20. Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault) - 1m49s785
21. Timo Glock (ALE/MVR-Cosworth) - 1m48s109
22. Jerome D'Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth) - 1m47s799
23. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth) - 1m48s296
24. Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth) - 1m49s548

sábado, 25 de junho de 2011

Vettel larga em primeiro no domingo

É um espelhinho que não passa muito de 15cm de largura por 5cm de altura, mas Sebastian Vettel continua dominando a receita para colocar os outros 23 carros da Fórmula 1 ali dentro. No treino classificatório de sábado para o GP da Europa, o alemão manteve a rotina, voou com 1m36s975 e, pela sétima vez em oito corridas neste ano, vai largar olhando todos os adversários pelo pequeno retrovisor da sua RBR. A polêmica mudança nas regras de mapeamento dos motores, que em tese prejudicaria a equipe austríaca na corrida, não impediu a dobradinha no treino para compor a primeira fila. Ao lado de Vettel larga o companheiro Mark Webber, seguido pelo inglês Lewis Hamilton, da McLaren.

Dono da casa, o espanhol Fernando Alonso sai em quarto com sua Ferrari, seguido pelo brasileiro Felipe Massa, que na última volta tomou a quinta posição da McLaren de Jenson Button. Rubens Barrichello, da Williams, larga na 13ª posição.

Sebastian Vettel Adrian Sutil fórmula 1 F-1 Valencia (Foto: Reuters)Como de hábito, Sebastian Vettel não verá ninguém à sua frente na largada de domingo (Foto: Reuters)

A corrida pelas ruas de Valência começa às 9h deste domingo, com transmissão ao vivo da TV Globo e acompanhamento em Tempo Real do GLOBOESPORTE.COM. Líder do campeonato com 161 pontos, Vettel tenta ampliar sua vantagem para o vice Jenson Button, da McLaren, que tem 101. Massa é o sexto da lista, com 32 pontos.

Q1: Felipe com pneus macios

A um minuto do fim do Q1, Massa chegou a ter o 17º melhor tempo, o último dos que se classificariam para o Q2. O brasileiro, no entanto, usando pneus macios, pulou para o topo da lista com 1m38s413, bem à frente dos rivais. O espanhol Jaime Alguersuari, da STR, não conseguiu avançar para a segunda fase do treino e se juntou a Heikki Kovalainen (Lotus), Jarno Trulli (Lotus), Timo Glock (MVR), Vitantonio Liuzzi (Hispania), Jerome D’Ambrosio (MRV) e Narain Karthikeyan (Hispania), sem grandes surpresas.

Q2: Barrichello fica pelo caminho

A 7m59 do fim do Q2, o venezuelano Pastor Maldonado viu o câmbio da sua Williams ficar travado em segunda marcha e, com o carro atravessado na pista, forçou uma bandeira vermelha. Os ficais entraram, o reboque foi acionado e, cinco minutos depois, o treino recomeçou.

Àquela altura, Schumacher, Heidfeld, Sutil, Di Resta e Barrichello lutavam pelas três últimas vagas na superpole. Rubinho andava bem, mas sua esperança acabou com um erro na freada da última curva. O brasileiro ficou fora da parte final da disputa, com a 13ª posição do grid. A única surpresa ficou por conta do russo Vitaly Petrov, da Renault, que não conseguiu passar com o tempo de 1m39s068. Avançaram Vettel, Hamilton, Button, Alonso, Webber, Schumi, Rosberg, Massa, Heidfeld e um surpreendente Adrian Sutil, que levou sua Force India pela primeira vez ao grupo dos dez melhores.

Q3: Vettel sobra nas ruas de Valência

Alonso pulou na frente nas primeiras parciais do Q3, com 1m37s454, mas Vettel logo mostrou suas credenciais com 1m36s975, seis décimos à frente do companheiro Webber. Mesmo com quatro décimos de vantagem para Hamilton, Vettel ainda voltou à pista na parte final do treino, mas foi apenas uma formalidade. O alemão sobrou e não foi ameaçado na briga pela pole.

Webber, que era apenas o quinto colocado após a primeira parte da superpole, melhorou seu tempo nos instantes finais e pulou para a segunda posição, compondo a dobradinha da RBR. Hamilton assegurou a terceira posição no grid, à frente de Alonso, e Massa ainda conseguiu roubar a posição de Button no fim para se aproximar de Alonso.

Sebastian Vettel Mark Webber Lewis Hamilton fórmula 1 F-1 Valencia (Foto: Getty Images)O pole Sebastian Vettel entre Webber e Hamilton: rotina mantida no GP da Europa (Foto: Getty Images)

Veja como ficou o grid de largada do GP da Europa:

1. Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m36s975
2. Mark Webber (AUS/RBR-Renault) – 1m37s163
3. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 1m37s380
4. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m37s454
5. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m37s535
6. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m37s645
7. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m38s231
8. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1m38s240
9. Nick Heidfeld (ALE/Renault-Lotus) - 1m38s781
10. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - 1m39s034

Eliminados na segunda parte do treino classificatório:

11. Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - 1m39s068
12. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - 1m39s422
13. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - 1m39s489
14. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 1m39s525
15. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - 1m39s645
16. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari) - 1m39s657
17. Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - 1m39s711

Eliminados na primeira parte do treino classificatório:

18. Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - 1m40s232
19. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - 1m41s664
20. Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault) - 1m42s234
21. Timo Glock (ALE/MVR-Cosworth) - 1m42s553
22. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth) - 1m43s584
23. Jerome D'Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth) - 1m43s735
24. Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth) - 1m44s363

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Cabelos da Seleção

Neymar é quem costuma lançar moda quando o assunto é corte de cabelo. A partir desta sexta-feira, o dono do moicano mais famoso do Brasil na atualidade se juntará ao grupo da Seleção Brasileira. Mas não é apenas o “Menino da Vila” que gosta de inovar no penteado. No atual grupo convocado por Mano Menezes tem de tudo: tradicional, carecas, cabeludos, tingidos e... Daniel Alves, que ainda não tem um estilo definido...

Robinho, Alexandre Pato, David Luiz... É um com mais estilo do que o outro. Se antes dos amistosos no Brasil, contra Holanda, em Goiânia, e Romênia, em São Paulo, o “Rei das Pedaladas” chamou a atenção pelo corte à lá Pelé nas décadas de 50 e 60, Neymar foi quem surpreendeu nas últimas semanas com o novo estilo.

montagem cabelos seleção 1 (Foto: Montagem sobre foto da Mowa Press)montagem cabelos seleção 1 (Foto: Montagem sobre foto da Mowa Press)

E ninguém melhor do que o responsável pelo penteado do camisa 11 do Santos para falar do novo estilo do craque do Peixe, atual campeão da Libertadores.

- No começo o Neymar usava o cabelo bem em pé. Agora ele gosta de usar mais caído, bem liso. Reforçou as luzes em cima e escureceu do lado, além de ter passado a máquina com mais intensidade – contou Cosme Salles, parceiro e cabeleireiro de Neymar há sete anos.

Com estilo próprio, Neymar acabou puxando a fila dos mais vaidosos do elenco. Robinho inovou antes dos amistosos no Brasil, diante da Holanda, em Goiânia (0 a 0), e contra a Romênia, em São Paulo (1 a 0). O “Rei das Pedaladas” se apresentou à Seleção com o corte à la Pelé. O penteado rendeu até brincadeiras na internet e a comparação com o personagem “Pelézinho”, criado por Maurício de Souza.

Agora ele gosta de usar mais caído, bem liso. Reforçou as luzes em cima e escureceu do lado"
Cosme, cabeleireiro oficial de Neymar

Existem também os que preferem o estilo tradicional. São os casos do goleiro Julio César e do meia Paulo Henrique Ganso, por exemplo. Lucas Leiva e Alexandre Pato são mais rebeldes. Os cabelos não tem um corte definido. Já Daniel Alves... Esse é um assunto à parte. Nem os companheiros querem comentar o novo visual.

- O cabelo do Daniel Alves? Vocês querem que eu comente? Deixa ele falar do cabelo dele (risos) – brincou Julio César.

O lateral-direito da Seleção Brasileira surpreendeu a todos com ao descolorir os cabelos. Daniel Alves se apresentou louro à Seleção Brasileira. Bem diferente do estilo que costumava usar até o fim da última temporada, quando conquistou o Campeonato Espanhol e a Liga dos Campeões defendendo as cores do Barcelona.

Cabelos à parte. Se tudo correr bem como na Libertadores, conquistada pelo Santos do estiloso Neymar, na última quarta-feira, no Pacamebu, ou na Liga dos Campões, vencida pelo Barcelona de Daniel Alves, a Seleção Brasileira tem tudo para fazer bonito da cabeça aos pés.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Santos de Neymar entra pra historia e leva o Tri da Libertadores

Um esquadrão branco, infernal, que tomou a América de assalto. Com um ataque genial, imprevisível, artilheiro. Muitas vezes, o Santos foi descrito assim nos anos 60, quando Pelé e seus companheiros chacoalharam a América. O mesmo texto agora, 48 anos depois, serve para o time de Neymar, Ganso, Elano, Léo, Dracena, Arouca, Durval, Rafael. Sim, senhoras e senhoras: o Santos é, novamente, campeão da Taça Libertadores. Tricampeão (ganhou em 62, também sobre o Peñarol, e 63).

A noite ficará guardada na memória de cada santista. A vitória, por 2 a 1, num Pacaembu apinhado, branco, cheio de santistas com lágrimas nos olhos, ainda teve Pelé vibrando como se estivesse em campo. Do seu camarote, o rei de todos os tempos socava o ar como se um dos gols tivesse sido marcado por ele.

O Peixe e sua nova geração de ouro caminham a passos largos para ser campeão de tudo em 2011. No início do ano, manteve a supremacia em São Paulo. Agora, tornou-se rei da América. O terceiro passo poderá ser dado em dezembro, quando a equipe de Muricy Ramalho terá o Mundial de Clubes da Fifa pela frente. Será a chance de poder ver um duelo fabuloso: Neymar x Lionel Messi.

Primeiro tempo de domínio santista, mas faltou calibrar o pé

Buscando acabar logo com o nervosismo e a angústia das arquibancadas, o Santos entrou em campo querendo um gol rápido. Os comandados de Muricy Ramalho acreditavam que, na pressão, o Peñarol se abriria. Puro engano. Apesar de boas investidas e jogadas inspiradas de Ganso, que acertou ótimos passes, faltou o chute certo. Os números dos primeiros 45 minutos ratificaram o domínio santista. O Peixe teve 67% de posse de bola, contra 33% do seu rival. Foram oito arremates ao gol uruguaio, contra apenas um dos carboneros.

ze eduardo love santos x peñarol (Foto: Reuters)Zé Eduardo disputa a bola com os defensores do Peñarol durante o primeiro tempo (Foto: Reuters)

O primeiro lance de perigo veio em chute de fora da área de Elano, que exigiu grande defesa de Sosa. Neymar também teve chance, após passe precioso de Ganso, mas furou. O astro santista esteve sempre cercado por três jogadores. Gingava de um lado para o outro sem conseguir abrir o espaço. À medida que o tempo passava e o gol não saía, o Pacaembu ia murmurando, apreensivo. Léo também teve uma oportunidade ao invadir a área, com o goleiro batido, e errar o alvo. Durval, duas vezes de cabeça, também ameaçou. Sosa ainda brilhou em cobrança de falta de Elano da entrada da área.

O Peñarol, limitado tecnicamente, se resumia a bloquear as investidas do adversário. Segurava o Santos, tentava encaixar um contra-ataque, que não veio em toda a primeira etapa. Assim, o jogo ficou morno. O Peixe murchou, perdeu o ritmo e passou a errar alguns passes, Arouca, principalmente.

Mas quem disse que seria fácil? Era final de Taça Libertadores.

Neymar abre o placar e leva o Pacaembu ao delírio

E aí vem Arouca, em desabalada carreira. Uma arrancada mágica, uma tabela esperta com Ganso, que passou para Neymar, que, enfim, soltava o grito preso na garganta do torcedor nas arquibancadas. Apenas dois minutos de jogo. Neymar, histórico. Um gol que vai ser lembrado para sempre pelos santistas. O gol que abriu caminho para o tricampeonato.

Neymar gol Santos x Peñarol (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Neymar comemora o gol diante do banco do Peñarol, que só lamenta (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Em seu camarote no Pacaembu, Pelé vibrava, reverenciando seu sucessor. Em campo, o craque alvinegro chupava o dedo, homenageando Mateus, que chega em novembro. O filho do ídolo santista vai nascer campeão continental. Pé-quente!

O jogo continuou. Claro. Faltavam ainda longos minutos. Nas arquibancadas se abraçavam e choravam. Não dava para fazer os ponteiros correrem mais rápido? Não dava. Então, o Peixe tratava de dar as cartas em campo.

A diferença técnica entre os times era gritante. O Santos, agora, tinha espaços para matar o jogo. O Peñarol tinha dificuldades para sair jogando. Não parecia possível o título escapar. Absolutamente.

O Santos continuava em cima, muito melhor, trocando passes, colocando os uruguaios na roda. Nas arquibancadas, locura total. Então, Danilo arrancou pela direita, deixou o marcador para trás, cortou para dentro e entrou para a história. Pé esquerdo, canto direito do goleiro. Nova explosão no Pacaembu. Choro, abraços. O título estava mais próximo.

- Agora, ninguém tira mais – berrou Léo num microfone à beira do campo.

Gol contra de Durval e pancadaria no final

Mas nada com o Santos é fácil. O Peñarol mostrou suas garras. Numa escapada pela direita, a bola cruzada, desvia em Durval, que tentou rebater e entra. Seria possível? Como em 2005, quando defendia o Atlético-PR, na final da Libertadores contra o São Paulo, o Rei do Sertão marcara um contra.

Foi apenas um susto passageiro. Logo o Peixe retomou o dominio e teve até chances para marcar mais gols. Não precisou. No final, uma cena que não precisava ocorrer: jogadores das duas equipes trocaram agressões em campo, diante de uma Polícia Militar que pouco fez para conter os brigões. Nada, no entanto, que acabasse com o brilho da conquista do Peixe.

Parabéns, Santos e santistas. A América, de novo, é de vocês.

SANTOS 2 X 1 PEÑAROL
Rafael; Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo (Alex Sandro); Adriano, Arouca, Elano e Paulo Henrique Ganso (Pará); Neymar e Zé Eduardo. Sosa; González (Albín), Valdéz, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Corujo, Aguiar, Freitas e Mier (Urretaviscaya); Martinuccio e Olivera.
Técnico: Muricy Ramalho Técnico: Diego Aguirre
Gols:
Neymar, a 1min e Danilo, aos 23min e Durval (contra), aos 34min do 2º tempo
Cartões amarelos: Neymar e Zé Eduardo (Santos); González e Corujo (Peñarol)
Renda e Público: R$ 4.266.670,00 / 37.894 pagantes
Data: 22/06/11. Local: Pacaembu, em São Paulo. Árbitro: Sergio Pezzotta (ARG). Auxiliares: Ricardo Casas (ARG) e Hernán Maidana (ARG).

terça-feira, 21 de junho de 2011

Maradona critica carater de Neymar e Elogia Messi

O grande ídolo e ex-técnico da seleção argentina, Diego Maradona, voltou a dar mais uma de suas declarações polêmicas nesta terça-feira. Em entrevista à rede de televisão espanhola "Tve", Don Diego comentou as declarações de Neymar, que teria dito que poderia ser o melhor jogador do mundo, mesmo jogando no Brasil. Para Dieguito, esta foi apenas mais uma manifestação que prova a "má educação" de Neymar.

Passando o final de suas férias na Espanha, Maradona foi entrevistado pelo canal e não ficou em cima do muro na pergunta do jornalista Andrés Sanchez, homônimo do presidente do Corinthians. Sánchez questionou se Diego "acreditava nas declarações de um jogador brasileiro que disse que poderia ser o melhor do mundo". Maradona logo perguntou: "De quem você está falando e o que ele disse?", e quando ouviu a explicação do apresentador do programa, soltou o verbo, e sobrou até para Pelé.Maradona com o neto durante a despedida de Palermo (Foto: AP)

- Esse menino é um mal-educado, não tem respeito, assim como o Pelé. O Messi é um jogador excepcional e duvido que alguém possa superá-lo - disse.

Na Espanha, no entanto, todos estão ansiosos para saber é se Neymar irá ou não jogar no Real Madrid - apesar de também fazerem algumas ressalvas em relação ao comportamento do jogador brasileiro. O clube merengue está tentando a contratação do jogador para reforçar seu elenco galáctico para a próxima temporada.

sábado, 18 de junho de 2011

Brasil vence com facilidade o Porto Rico

Porto Rico bem que tentou fazer frente ao Brasil, mas acabou se tornando um espectador de luxo do passeio dos anfitriões. Após um primeiro set marcado por muitos erros de saque, a equipe de Carlos Cardona ficou desnorteada pelos ataques de Murilo e Lucão e pouco ameaçou no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Em três sets, com parciais de 25/20, 25/10 e 25/23, o time de Bernardinho somou mais três pontos e, com a ajuda da Polônia, que derrotou os Estados Unidos, voltou a disparar na liderança do Grupo A da Liga Mundial, com 18 pontos.

Neste domingo, as duas equipes voltam a se enfrentar na capital paulista, às 10h. A Rede Globo transmite a partida, dentro do Esporte Espetacular, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances em Tempo Real.

vôlei lucão murilo brasil porto rico (Foto: Wander Roberto / Vipcomm)Melhores no ataque, Lucão e Murilo tentam bloquear Rivera (Foto: Wander Roberto / Vipcomm)

Porto Rico começou a partida sem dar refresco ao Brasil e abriu 2/0 com um bloqueio de Figueroa. E, mesmo quando ultrapassada pelo time de Bernardinho, a equipe estrangeira seguiu na cola, se aproveitando principalmente dos erros de saque dos anfitriões.

Com Soto bem marcado, Figueroa chamou a responsabilidade e voltou a colocar os visitantes na frente: 16/15. Igualdade recuperada na sequência, Bernardinho promoveu a inversão para reforçar a rede, com Marlon e Théo. O levantador explorou as jogadas rápidas pelo meio e, quando o bloqueio rival se postou ali, usou bem os ponteiros Murilo e Giba. Com uma pancada de Lucão no saque, a seleção fechou a parcial em 25/20.

Brasil vence set pela maior diferença na Liga: 25 a 10

vôlei leandro vissoto mutilo serginho brasil porto rico (Foto: divulgação / FIVB)Vissoto e Murilo comemoram um ponto contra
Porto Rico (Foto: divulgação / FIVB)

Embalado, o Brasil disparou na frente no início no segundo set, fazendo 8/3 em um erro do ataque porto-riquenho. A vantagem foi ampliada para sete pontos quando Giba foi para o saque. Por duas vezes, Lucão aproveitou a defesa mal feita para cravar junto à rede. Desnorteados, os estrangeiros cederam pontos bobos, como em uma boba passada de graça por Bruninho, que ninguém defendeu.

Murilo, antes mais focado no passe, passou a ser mais acionado no ataque, e correspondeu plenamente. Lucão, pelo meio, virou quase tudo que tentou. Em novo serviço do capitão brasileiro, o caçula da família Endres fez 25/10 e encerrou um set para os jogadores de Porto Rico apagarem da memória. A diferença foi a maior na competição até o momento.

Após levar uma chamada do técnico Carlos Cardona, o time de Porto Rico voltou mais ligado para o terceiro set, mas seguiu dando pontos ao Brasil. No time da casa, Bruninho passou a soltar mais a bola para Vissotto que, bem marcado, não teve um grande aproveitamento. Murilo e Lucão, entretanto, tratavam de manter o país na frente no placar.

Relaxado pelo resultado elástico na parcial anterior, a seleção abusou dos erros e viu a vantagem aberta no início se dissipar aos poucos pelas mãos de Soto e Rivera. Bernardinho foi à loucura e pediu tempo para acordar seus comandados. A bronca surtiu efeito, e o Brasil voltou a pontuar em série. O bloqueio de Porto Rico até tentou adiar a festa da torcida, mas Giba deu números finais ao confronto: 25/23.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Advogados de Edmundo conseguem Habeas Corpus

Os advogados do Ex-Jogador Edmundo conseguem Habeas Corpus e ele ira aguardar o processo em liberdade. mais noticias nos postaremos aqui .

O Ex Jogador Edmundo foi preso na madrugada dessa quinta em um Flat em São Paulo

Edmundo, que foi localizado pela polícia em um flat no Itaim Bibi, região nobre de São Paulo, durante a madrugada desta quinta-feira, foi levado por volta das 9h da sala do delegado titular do Setor de Investigações Gerais (SIG), da 3ª Seccional em Pinheiros, na Zona Oeste, para uma cela na carceragem da delegacia. O ex-jogador assinou documentos relativos à sua prisão.http://e.imguol.com/esporte/futebol/2011/06/16/edmundo-entra-no-carro-logo-depois-de-sair-da-delegacia-para-realizar-exames-1308214334269_615x300.jpg

Às 9h, Edmundo aguardava equipes da polícia fluminense para levá-lo ao Rio de Janeiro. O advogado Arthur Lavigne, que defende o ex-jogador, ainda não havia chegado a São Paulo. Entretanto, um outro defensor foi enviado para acompanhar os trâmites.

Na madrugada, Edmundo passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal de São Paulo. Durante a abordagem, ocorrida por volta das 2h, o ex-jogador tentou ligar para seu advogado, mas não conseguiu. Segundo o delegado Eduardo Castanheira, responsável pela detenção, o ex-jogador não esboçou reação ao ser abordado por policiais civis.

Edmundo era considerado foragido da Justiça. A Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) expediu mandado de prisão contra Edmundo na noite desta terça.

O ex-jogador foi condenado em 1999 a quatro anos e seis meses de prisão por homicídio culposo, após o juiz rejeitar a alegação da defesa de prescrição do processo em que Edmundo responde por acidente de carro, em 1995.

A polícia do Rio informou que vai buscar ainda nesta quinta-feira o ex-jogador. O delegado titular da Polinter do Rio, Rafael Willis, disse que está se informando a respeito dos trâmites legais para a transferência. O delegado verifica, por exemplo, se Edmundo será levado em um carro da Polícia Civil.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Button vence o GP do Canadá em corrida antologica

Faça chuva ou faça sol, Sebastian Vettel vinha dominando a Fórmula 1. E parecia pronto para ampliar o domínio no GP do Canadá, que teve chuva – a ponto de interromper a corrida por duas horas – e sol, numa aparição tímida após a relargada. O alemão da RBR controlou a prova do início até última volta, quando enfim, apareceu alguém para beliscar seu reinado. Com uma reação antológica, o inglês Jenson Button ultrapassou Vettel nos instantes finais e arrancou uma vitória improvável ao conduzir sua McLaren após duas batidas e seis passagens pelos boxes, incluindo uma punição. Quatro horas depois da largada, ninguém imaginava que o desfecho seria aquele. Mas Button teve um domingo para derrubar todos os prognósticos.

Como se não bastasse, o britânico ainda precisou torcer contra mais uma reviravolta, já que a direção da prova julgou dois incidentes que ele teve na corrida, um com Lewis Hamilton e outro com Fernando Alonso - os dois abandonaram. Quase duas horas depois da corrida, veio a decisão que aliviou o inglês: sem punição, vitória mantida.

Um decepcionado Vettel chegou em segundo, seguido pelo companheiro Mark Webber e pelo alemão Michael Schumacher, da Mercedes. Vitaly Petrov, da Renault, foi o quinto, e Felipe Massa também tirou um feito da cartola no último instante da corrida. Após escorregar 10 posições por causa de uma parada não prevista nos boxes, o piloto da Ferrari arrancou a sexta posição quase em cima da linha de chegada, ao ultrapassar o japonês Kamui Kobayashi, da Sauber.

jenson button mclaren gp do canadá (Foto: agência Getty Images)Eufórico, Jenson Button comemora o triunfo dramático no GP do Canadá (Foto: agência Getty Images)

Rubens Barrichello, da Williams, chegou em nono, na prova caótica que viu seis abandonos, incluindo Fernando Alonso, da Ferrari, e Lewis Hamilton, da McLaren. Após a batalha de Montreal, os pilotos folgam no próximo fim de semana e voltam à pista no dia 26 deste mês, para o GP da Europa, em Valência, na Espanha.

Apesar do tropeço, Sebastian Vettel ainda é o líder isolado do campeonato, com 161 pontos. A vitória fez Button assumir o segundo lugar, com 101, seguido pelos 94 de Webber. Massa é o sexto da temporada, com 32. Veja aqui a classificação completa.

A chuva canadense forçou uma largada sem jeito de largada, com o safety car puxando a fila. Na quarta volta, aí sim, o carro de segurança saiu de cena e a disputa começou de verdade. Alonso pressionou o pole Vettel, Massa pressionou Alonso, mas todo mundo se defendeu bem.

Safety Car na corrida do GP do Canadá (Foto: AFP)O safety car foi presença constante na corrida deste
domingo no Canadá (Foto: AFP)

Em dez minutos, Hamilton diz adeus

Hamilton abriu ali a montanha-russa dos seus dez minutos de corrida. Primeiro tentou forçar para cima de Webber, mas sua roda dianteira direita tocou o carro do australiano, que rodou e perdeu dez lugares na fila, caindo para 14º. O inglês caiu para sexto, atrás de Nico Rosberg e Schumacher. Afoito, tentou dar o bote no heptacampeão, mas levou um passa-fora, saiu da pista e perdeu posições. Pouco depois, na oitava volta, Lewis tentou forçar de novo, desta vez tocando o companheiro Button (veja no vídeo abaixo). Era só o primeiro percalço de Button, que caiu para 12º, mas quem se deu mal mesmo foi Hamilton, que bateu no muro e quebrou a suspensão traseira. Com a roda quase solta, continuou na pista – só por mais alguns segundos, até parar e abandonar o GP.

Com o incidente, lá foi o safety car de novo para a pista, e àquela altura a chuva até que dava uma trégua. Quando a disputa recomeçou, Button era o mais rápido - tão rápido que, antes da saída do safety car, excedeu a velocidade e, punido, foi obrigado a passar pelos boxes. Ainda assim, ele começou a deixar adversários para trás. Webber também subia pelas tabelas e, com as paradas nos boxes, voltou à quarta posição.

Na 19ª volta, a água voltou com força. Melhor para Vettel, Massa, Kobayashi e Webber, que não tinham trocado os pneus de chuva. Seus rivais foram obrigados a parar de novo, e o mau tempo foi buscar outra vez o safety car.

As paradas continuavam mexendo na fila, com Alonso tendo problemas e caindo para oitavo. Massa perdeu a segunda posição para Kobayashi – que manteve os pneus intermediários – e Vettel voltou em primeiro. E voltou reclamando. Pelo rádio, cobrou que não houvesse relargada naquele momento, por causa da aquaplanagem entre as curvas 9 e 13.

Ele tinha razão, porque, na 25ª volta, a chuva venceu. Bandeira vermelha, e todos os carros pararam no grid para esperar as condições melhorarem. Vettel liderava, seguido por Kobayashi, Massa, Heidfeld, Petrov, Di Resta, Webber, Alonso, De la Rosa e - ainda lá atrás - Button.

caminhão tenta melhorar as condições da pista no GP do Canadá (Foto: Reuters)Enormes poças se formaram na pista e forçaram a interrupção da corrida (Foto: Reuters)

Durante uma hora e meia, a água castigou o circuito Gilles Villeneuve. Com os carros cobertos no grid, a organização mandou máquinas à pista para lutar contra enormes poças. Já eram 16h12m (no horário de Brasília) quando a chuva, enfim, parou. O céu ficou mais claro, as lonas começaram a ser retiradas e alguns motores foram ligados, enquanto o carro da direção de prova dava suas voltas para inspecionar as condições. Outra meia hora se passou e, quando foi anunciada a relargada para as 16h50m... outra pancada de chuva. Mas a corrida recomeçou mesmo assim, com o safety car à frente.

Até o sol, ainda que tímido, apareceu

Enquanto os carros iam levantando spray, a torcida nas arquibancadas vibrava. Na sétima volta após o recomeço, até o sol deu uma espiada rápida na corrida. Foi quando o safety car voltou aos boxes na volta 34, e a disputa recomeçou. Vettel conseguiu abrir um certo conforto, e Massa deu o bote em Kobayashi. Chegou a ultrapassá-lo, mas o japonês deu o troco imediatamente, mantendo a segunda posição.

Na 37ª volta, logo após sair dos boxes, Alonso se chocou com Button ao se defender de uma tentativa de ultrapassagem e foi parar no muro. O espanhol abandonou, e o inglês, no seu calvário, teve de voltar aos boxes. Nem deu para sentir saudades do safety car, que voltou à pista e ali ficou por três voltas.

Na relargada, os três primeiros mantiveram seus postos, e a emoção ficou a cargo de Schumacher. Em sétimo lugar, ele passou Webber e, logo depois, Di Resta, que tocou Heidefeld e teve problemas no bico. Heidfeld fez o que pôde para segurar Schumi, mas não resistiu na 44ª volta.

Dos boxes, a Ferrari pedia que Massa “tirasse Kobayashi do caminho” para perseguir Vettel, mas o japonês segurava a vice-liderança com unhas e dentes. Quando o brasileiro finalmente conseguia superar o japonês, na volta 52, veio uma manobra digna de heptacampeão: Schumacher aproveitou a disputa e ultrapassou os dois ao mesmo tempo, assumindo a segunda posição.

Massa e Schumi pararam logo em seguida, e o brasileiro deu azar. Com pneus slick, perdeu o controle na reta, bateu no guard rail e teve de voltar para trocar a asa dianteira. Com isso, escorregou para o 12º posto. Kobayashi também perdeu posições para Webber e Button, que àquela altura já fazia uma espetacular corrida de recuperação.

felipe massa ferrari gp do CAnadá (Foto: Agência EFE)Felipe Massa perdeu posições no fim, mas arrancou o sexto lugar no último instante (Foto: Agência EFE)

Heidfeld, que estava em sexto, tocou Kobayashi à sua frente, quebrou a asa dianteira e bateu. A Renault agiu rápido, mas com a pista suja, não houve jeito: a 13 voltas do fim, o safety car voltou. Atrás dele, Vettel, Schumacher, Webber, Button, Kobayashi, Petrov e Barrichello. Na relargada, faltavam dez voltas.

Desfecho espetacular

O atual campeão conseguiu escapar bem na ponta, mas os três seguintes vinham colados. Webber chegou a passar Schumi, mas errou e permitiu não só o troco, mas a ultrapassagem de Button. Após seis paradas nos boxes, incluindo uma punição, o inglês foi para cima do alemão e não demorou nada para ultrapassá-lo. Webber também conseguiu deixar Schumi para trás e resistiu aos seus ataques, arrancando um pódio suado.

Na última volta, a cereja no bolo da reação de Jenson Button. O inglês partiu para cima de Vettel, que, pressionado, cometeu um erro e viu a quinta vitória escorrer pelos dedos. Com uma ultrapassagem improvável, contra tudo e contra todos, Button cruzou em primeiro.

Massa ainda teve tempo para perseguir Kobayashi e arrancar a sexta posição de forma dramática, quase em cima da linha de chegada. Com tantas reviravoltas na parte final, o Canadá já pode se orgulhar de ter visto neste domingo uma das melhores corridas de Fórmula 1 nos últimos tempos.

button mclaren Pódio gp do canadá (Foto: agência Reuters)Diante de um Vettel frustrado (à esquerda), Button parece não acreditar em seu feito (Foto: agência Reuters)

Confira o resultado final do GP do Canadá (309,396 quilômetros):

1 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 70 voltas em 4h04m39s539
2 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - a 2s709
3 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - a 13s828
4 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 14s219
5 - Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - a 20s395
6 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 33s225
7 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - a 33s270
8 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - a 35s964
9 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - a 45s100
10 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - a 47s000
11 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 50s400
12 - Pedro de la Rosa (ESP/Sauber-Ferrari) - a 1m03s600
13 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth) - a 1 volta
14 - Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth) - a 1 volta
15 - Jerome D'Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth) - a 1 volta
16 - Timo Glock (ALE/MVR-Cosworth) - a 1 volta
17 - Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault) - a 1 volta
18 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - a 3 voltas/acidente

Não completaram:

Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - a 9 voltas/mecânico
Nick Heidfeld (ALE/Renault-Lotus) - a 15 voltas/acidente
Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - a 21 voltas/acidente
Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 34 voltas/acidente
Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - a 42 voltas/mecânico
Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - a 63 voltas/acidente

Melhor volta: Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m16s956, na 69ª

Dallas Campeão da NBA

Quase cinco anos atrás, em 20 de junho de 2006, Dirk Nowitzki entrou em quadra, fez 29 pontos, pegou 15 rebotes... e voltou para casa com a maior decepção da sua carreira. Naquele dia, dentro de casa, ele perdia o título da NBA para o Miami Heat. Meia década se passou, e na noite deste domingo o alemão teve a chance de saborear o prato frio da vingança. Pressionado, não acertou quase nada no primeiro tempo e foi para o vestiário sob desconfiança. Mas voltou liderando seus companheiros, certo de que não podia jogar outra chance pela janela. No ginásio do Heat, o Dallas Mavericks buscou sua revanche. Venceu por 105 a 95, fechou a série final em 4 a 2 e, pela primeira vez na história da franquia, conquistou o título da NBA.

basquete nba dirk nowitzki  dallas mavericks campeão NBA (Foto: agência Reuters)Nowitzki ergue a taça: sonho realizado para o alemão e para o Dallas Mavericks (Foto: agência Reuters)

Blog Rebote: O que achou do título do Dallas e do MVP Nowitzki? Deixe sua opinião

Com apenas três pontos no primeiro tempo, Nowitzki adicionou outros 18 no segundo, incluindo cestas importantes na reta final. Ainda pegou 11 rebotes na noite em que realizou o sonho da vida. Eleito o melhor jogador das finais, deixou a quadra surpreendentemente quieto assim que a última sirene tocou, sem esboçar um sorriso. Depois voltou para erguer a taça e receber o troféu de MVP.

- Ainda não consigo acreditar. Trabalhamos tanto, durante tanto tempo, que é difícil acreditar - afirmou o ala-pivô no centro da quadra.

O cestinha dos Mavs na partida foi o reserva Jason Terry, com 27. O outro Jason do time, Kidd, enfim conquista um título após 17 anos de carreira, com dois vices à frente do New Jersey Nets. No jogo 6, ele colaborou com nove pontos e oito assistências. O portorriquenho Jose Juan Barea adicionou 15 pontos e cinco passes, enquanto Shawn Marion fez 12 pontos e Tyson Chandler apanhou oito rebotes.

basquete nba lebron james miami heat desolado (Foto: agência Getty Images)LeBron James se escondeu mais uma vez no
quarto período (Foto: agência Getty Images)

Pelo lado do Miami, foi uma derrota dolorosa para LeBron James. Criticado por sumir no quarto período das partidas decisivas, o ala mais uma vez foi mal na reta final. Terminou o jogo com 21 pontos, cometeu seis desperdícios e não chamou a responsabilidade na parte final. Chris Bosh fez 19 pontos, Mario Chalmers registrou 18, e Dwyane Wade também teve noite abaixo do esperado com 17.

No início, parecia que LeBron estava disposto a chutar para longe o rótulo de pipoqueiro. Entrou em quadra com a faca entre os dentes no domingo e, na primeira tentativa, converteu uma bola de três. Acertou também os três arremessos seguintes e obrigou o técnico dos Mavs a pedir tempo. O ginásio fervia. Dali em diante, o quarto inicial entrou na montanha-russa. O Dallas passou à frente; o Miami emplacou uma sequência de 13 a 1; Nowitzki fez sua segunda falta e foi para o banco; mas os Mavs responderam com sua própria sequência de 21 a 4. Ao fim dos primeiros 12 minutos, 32 a 27 para os visitantes.

Veio o segundo quarto, e DeShawn Stevenson calibrou a pontaria. O reserva do Dallas acertou duas seguidas de três para abrir 12 de vantagem. Aí a montanha-russa entrou em quadra novamente, com o Miami fazendo 14 pontos seguidos para virar o placar. Foi quando o técnico Rick Carlisle pediu tempo. Quando voltava para o banco, Stevensou deu uma trombada em Udonis Haslem. Mario Chalmers, armador do Heat, foi tomar as dores do companheiro, trocou empurrões com Stevensou, e o tempo fechou. Àquela altura, com o título em jogo, os nervos pareciam descontrolados.

Nowitzki não acertava nada e terminou o primeiro tempo com 1/12 nos arremessos. Se o Dallas liderava, era pelas mãos de Terry, autor de 19 pontos na metade inicial. LeBron tinha 11, Wade tinha nove, mas não era o bastante para evitar a vantagem apertada do time de azul: 53 a 51.

basquete nba dirk nowitzki dallas mavericks miami heat (Foto: agência Getty Images)Após um primeiro tempo ruim, Dirk Nowitzki enfim acordou no segundo (Foto: agência Getty Images)

Veio o segundo tempo, e o alemão acordou. Acertou dois chutes seguidos e, com dois minutos no terceiro período, já tinha feito mais do que em todo o primeiro tempo. O placar ficou equilibrado durante todo o quarto, com as duas equipes cometendo erros bobos e, ao mesmo tempo, acertando bolas difíceis. No estouro do cronômetro, um personagem improvável: Ian Mahinmi, que só ganhou minutos de quadra por causa da lesão de Brendan Haywood, acertou a mão no estouro do cronômetro, e o Dallas foi para o último quarto vencendo por 81 a 72.

A vitória era a única saída para o Miami, e a pressão mexia com a cabeça dos jogadores. LeBron arremessou e a bola nem tocou no aro. Wade quicou a bola no próprio pé. A defesa abriu a porteira para a infiltração de Barea. Os rebotes ofensivos eram dos Mavs. LeBron se recusava a decidir no ataque. E assim o Dallas administrava a vantagem na casa dos dez pontos.

No último minuto, os torcedores já iam embora do ginásio. Nowitzki fez uma bandeja a 30 segundos do fim e aí a ficha parece ter caído. O alemão ergueu o punho, levou as mãos à cabeça. Faltava pouco para o sonho do título. E o tempo passou rápido. Com a sirene final, o ginásio se calou. Nowitzki sequer festejou na quadra. Enquanto seus companheiros se abraçavam na quadra, ele andou direto para o vestiário, cara fechada. E foi comemorar longe das câmeras, do seu jeito.

basquete nba bill russel entrega troféu mvp das finais dirk nowitzki (Foto: agência Reuters)Das mãos do lendário Bill Russell, Nowitzki ganha o troféu de MVP das finais (Foto: agência Reuters)

domingo, 12 de junho de 2011

Palermo se despede da tocida do Boca nesse domingo e na proxima semana se aposenta

O atacante Martín Palermo, do Boca Juniors, se despedirá da mais fanática torcida da Argentina na Bombonera neste domingo, no duelo contra o Banfield, pela penúltima rodada do Torneio Clausura, às 20h20 (de Brasília). O jogador, que fará sua última partida como profissional na próxima semana diante do Gimnasia, é conhecido em seu país por ter uma trajetória digna de cinema e o GLOBOESPORTE.COM montou um roteiro com o melhor e o pior da carreira do maior goleador da história do Boca.

- Um filme sobre o Palermo teria que ser uma comédia dramática. Martín é um romântico. Ele não tem destreza, não tem condições para jogar futebol, mas sempre superou os adversários e as adversidades. É como um Frankenstein - analisou o diretor argentino Juan Pablo Roubio, autor do filme "Argentina Fútbol Club", que contou com a participação do próprio Palermo, em entrevista por telefone.

O torcedor Damián Biagetti é responsável pela principal homenagem na despedida do ídolo: resolveu fazer uma campanha para a criação de uma estátua do jogador, que gostou da ideia e acompanha de perto a evolução da obra, que deverá ser exposta no museu do clube.

- Depois de tantas alegrias, de tantas loucuras, achei que era a hora de homenageá-lo. Trata-se de um guerreiro, um homem incomparável. Hoje em dia é raro um jogador ficar tanto tempo no mesmo clube e ainda fazer tantos gols - exaltou Biagetti ao GLOBOESPORTE.COM.

VÍDEO: os gols mais importantes de Palermo eleitos por ele próprio. Veja!

A ideia de um filme sobre o artilheiro encanta Damián, que dá dicas importantes.

- O filme deve mostrar o otimismo dele, sua garra. Ele sempre se levantou. A primeira parte deveria ser sobre quando ele voltou de lesão e marcou um gol decisivo contra o River na Libertadores - apontou, referindo-se à histórica vitória sobre o arquirrival por 3 a 0, em que Palermo entrou em campo no segundo tempo e marcou o terceiro gol, carimbando a classificação do time de La Boca para as semifinais.

palermo boca juniors chilavert (Foto: Reprodução You Tube)Palermo comemora gol salvador pela Argentina diante dos peruanos (Foto: Reprodução You Tube)

O patinho feio

Todo herói de cinema que se preze inicia sua trajetória com dificuldades, sofrendo preconceitos e quase sempre chegando ao ponto de desistir de algum sonho. Com Palermo não foi diferente. Começou a carreira no Estudiantes de La Plata em 1992, mas demorou dez meses para marcar seu primeiro gol como profissional.

Palermo levanta a taça da Libertadores pelo Boca Juniors (Foto: EFE)Atacante Martín Palermo levanta a taça da
Libertadores pelo Boca Juniors (Foto: EFE)

Nenhum treinador parecia gostar do grandalhão louro, que quase foi parar no San Martín de Tucumán - curiosamente o time sobre o qual balançou a rede pela primeira vez, no dia 22 de maio de 1993. Graças a um preparador físico que assumiu o comando técnico, a estrela do atacante começou a brilhar, os gols se tornaram constantes e o Boca acabou o contratando.

Gols chaplinianos

Palermo é o atacante que fez os gols mais inacreditáveis da história do futebol. Daqueles que, contando, ninguém acredita. Em 1997, Martín conseguiu converter um pênalti com as duas pernas. Desengonçado, escorregou e a bola acabou entrando após bater rapidamente nas pernas de nosso herói enquanto o mesmo caía. Na comemoração, um sorriso amarelo.

Em 1999 o goleador machucou o joelho direito em uma partida contra o Newell's Old Boys. Não podia ser substituído e sim, acabou fazendo um gol dramático, o 100º de sua carreira. Já no Villarreal da Espanha, Palermo ficou alguns meses sem balançar as redes e, quando voltou a marcar, foi comemorar com a torcida. A vibrante celebração derrubou um muro de proteção, os torcedores caíram e o resultado foi uma lesão grave no tornozelo direito.

BLOG FUTEBOL ARGENTINO Camisa especial e máscara para a despedida de Palermo

Em 2007, Palermo marcou o gol mais bonito de sua carreira. Em jogo contra o Independiente, o atacante roubou a bola e, da linha do meio de campo, arriscou o chute. O goleiro Ustari estava adiantado e virou um espectador de luxo. Um ano depois, mais um gol inusitado. Após cobrança de falta, o goleiro do River Plate espalmou a bola para cima. Palermo se apoiou no travessão e marcou de cabeça.

palermo boca juniors chilavert (Foto: Reprodução You Tube)Palermo x Chilavert (Foto: Reprodução You Tube)

Em 2009 Martín entrou para o Livro dos Recordes. Para afastar o perigo, o goleiro do Vélez deu um chutão para a frente. Não esperava que a bola fosse parar exatamente na cabeça do atacante, que conseguiu marcar a surpreendentes 38,9m de distância do gol.

Golias contra... Golias

Um herói precisa de um vilão do mesmo peso para dar emoção à trama. No caso do protagonista argentino, seu rival era um homem que nunca levou desaforo para casa: o polêmico goleiro paraguaio Chilavert, que jogava no Vélez Sarsfield. Houve confusão em duas oportunidades e, em ambas, Palermo foi expulso. No primeiro duelo, o jogador do Boca deu um carrinho para tentar alcançar a bola, mas acabou acertando o goleiro, que respondeu deixando as travas de sua chuteira marcarem o rival.

No segundo enfrentamento, alguns anos depois, Chilavert cobrou falta, a bola bateu na barreira, voltou para o goleiro, mas o camisa 9 do Boca impediu o rebote, em um choque que levou os dois ao chão.

palermo boca juniors x quilmes (Foto: EFE)Palermo comemora gol do Boca (Foto: EFE)

Os melhores capítulos

Além de ser o maior artilheiro da história do Boca Juniors, Palermo foi o responsável por alguns dos gols mais importantes da história do clube. Conforme lembrou Damián Biagetti, o gol contra o River está no imaginário de todos os torcedores. Martín voltava de lesão após seis meses e chegou a ser alvo de piada do técnico rival, que o classificou, indiretamente, como um ex-jogador em atividade. O River havia vencido a ida das quartas de final por 2 a 1. O Boca vencia o jogo da volta na Bombonera por 2 a 0, sofria enorme pressão e um novo gol confirmaria a classificação. O atacante entrou durante o segundo tempo e marcou o terceiro.

O auge da carreira aconteceu em Tóquio, no Japão, mais precisamente no dia 28 de novembro de 2000. Final do Mundial de Clubes contra o poderoso Real Madrid. Em cinco minutos Palermo acabou com o jogo, marcando dois gols na vitória por 2 a 1.

O fortalecimento de um guerreiro

Um dos piores capítulos na fantástica história de cinema aconteceu na Copa América de 1999. A Argentina enfrentava a Colômbia e Palermo perdeu três pênaltis no mesmo jogo (assista no vídeo ao lado). O feito foi notícia em todo o mundo e, desde então, o atacante nunca conseguiu ter sucesso com a seleção.

A pior parte do filme, no entanto, aconteceu fora dos gramados. Em 2006, Palermo perdeu um filho, que nasceu prematuramente. Pouco tempo depois pediu para jogar e homenagear o bebê, que se chamaria Stefano. Marcou dois gols, deixou o campo chorando e foi ovacionado pela torcida e por Maradona.

A redenção

Depois de longo tempo longe da seleção argentina, Palermo foi convocado pelo técnico Maradona para os dois últimos jogos das Eliminatórias para a Copa de 2010, contra Peru e Uruguai. Os argentinos faziam campanha medíocre e corriam o risco de não disputarem o Mundial. Contra os peruanos, no Monumental de Nuñez, Higuaín abriu o placar, mas a Argentina sofreu o empate aos 44 do segundo tempo. Era a cena perfeita para a consagração do herói. Chovia como nunca em Buenos Aires e, aos 47 minutos da segunda etapa, o ídolo do Boca marcou o gol da vitória.

Contra o Uruguai, Palermo não jogou. Todavia, seu gol reacendeu a chama do time, que venceu o rival em Montevidéu, carimbando o passaporte para a África do Sul.

torcida palermo boca juniors (Foto: Divulgação)Torcida faz faixa de apoio para Palermo (Foto: Divulgação)

O fim

Todos os ingressos foram vendidos para a despedida contra o Banfield. Com um Mundial de Clubes, duas Libertadores, seis campeonatos argentinos, e quatro sul-americanas no currículo, a estrela do filme receberá os últimos aplausos de seus seguidores. Após cerca de 20 anos em cartaz, o filme Martín Palermo deixará o circuito para sempre e não estará disponível em DVD. Sorte dos que puderam gravar na memória os gols do Titã.

sábado, 11 de junho de 2011

Brasil vence EUA de virada

Abrindo um espaço para o Volei Brasileiro que venceu os EUA na manhã desse sabado


No início, o susto. Com banca de campeã olímpica, a seleção dos Estados Unidos acertou o primeiro golpe no Mineirinho lotado, pulou na frente e ameaçou repetir o resultado da final dos Jogos de Pequim. Mas a festa em Belo Horizonte ainda estava para começar. Apoiado por 14.800 torcedores em Belo Horizonte, o Brasil encontrou forças para reagir e venceu por 3 sets a 1 (parciais de 19/25, 25/21, 25/19 e 25/21). A vitória isola ainda mais a equipe de Bernardinho na liderança do grupo A da Liga Mundial, agora com 15 pontos, contra nove dos rivais deste fim de semana.

O confronto dos finalistas de Pequim-2008 tem novo capítulo marcado para este domingo, a partir das 9h50m, novamente no Mineirinho. A Rede Globo transmite a partida ao vivo.

Brasil comemora vitória sobre os EUA na Liga Mundial (Foto: Victor Schwaner/VIPCOMM)Jogadores do Brrasil comemoram a vitória, enquanto Priddy se levanta (Foto: Victor Schwaner/VIPCOMM)

- Nós nos adaptamos ao jogo. Os Estados Unidos são um time muito disciplinado taticamente, defende muito bem. Começamos um pouco tensos também. Jogar em casa é sempre motivo de ansiedade, mas soubemos administrar isso depois, tivemos paciência, com a entrada de grandes jogadores, como o Sidão. O importante é que estamos evoluindo a cada jogo - analisou o levantador Bruninho.

Dante foi poupado pela comissão técnica. Com uma inflamação no joelho, o ponteiro até tinha condições clínicas de atuar, mas a dor limitaria sua performance. Assim, João Paulo Bravo formou a linha de passe ao lado de Murilo e Serginho. Na posição de oposto, Bernardinho optou por Théo em vez de Wallace para compor o banco. Do lado americano, o técnico Alan Knipe escalou Thornton na armação das jogadas. No treino da véspera, o comandante havia testado também o albanês naturalizado Suxho na como levantador no time titular.

O pequeno rali já no ponto inicial, convertido para o Brasil por Murilo, deu a impressão de que o primeiro set teria uma batalha a cada disputa. Mas os americanos seguiram na cola brasileira e, em um ataque para fora de Vissotto, conseguiram assumir a dianteira no placar. Com saques muito forçados, bloqueio a postos e ainda contando com erros não forçados da equipe da casa, os rivais chegaram à parada técnica com 8/4 no placar.

A desvantagem fez o treinador antecipar a inversão para aumentar a rede, com Théo e Marlon em quadra. O oposto apareceu bem, convertendo dois pontos e ajudando na defesa: em um dos lances, buscou a bola no banco de reservas, mas Serginho errou ao passar na rede. Quando o marcador apontou 13/7, o técnico restabeleceu a formação inicial. Com reclamações dos dois lados sobre as marcações da arbitragem, a vantagem americana chegou a sete pontos na segunda parada técnica.

Leandro Vissotto na partida do Brasil contra os EUA no vôlei (Foto: Victor Schwaner / VIPCOMM)Maior pontuador do jogo, com 14 pontos, Vissotto
tenta o ataque (Foto: Victor Schwaner / VIPCOMM)

Murilo, João Paulo Bravo e Vissotto, em diferentes momentos, ficaram no paredão americano. A seleção também pecou no saque: vários pararam na rede ou foram para fora, enlouquecendo Bernardinho.

Com Rodrigão, em um ataque rápido pelo meio e um bloqueio na sequência, o Brasil até ensaiou uma reação. Na vaga de João Paulo Bravo, Thiago Alves entrou para estrear na Liga Mundial. As alterações, porém, não fizeram milagre. Os Estados Unidos administraram a margem construída no princípio da parcial e, com Millar, fecharam em 25/19.

Na segunda etapa, o Brasil voltou mais ligado e largou na frente. Com uma série de erros do ataque americano e uma ajudinha da sorte em um saque de Murilo, os anfitriões abriram 6/2. Mas a alegria da torcida logo se transformou em preocupação quando Priddy, inspirado na ponta, dizimou a vantagem e empatou o jogo em 8/8.

Se Vissotto e Bravo viravam de um lado, Lee e Millar também apareciam do outro, e a igualdade se mantinha. Em um ace de Anderson, os EUA tomaram a ponta pela primeira vez na parcial. No bloqueio simples, Stanley parou Murilo e deixou seu país à frente na parada técnica: 16/14.

Após uma série de erros de saques das duas equipes, Bernardinho colocou Sidão em quadra e ficou momentaneamente sem levantador. Com Rodrigão no saque, o central do Sesi subiu bem no bloqueio e deixou tudo igual mais uma vez: 19/19. Após novo ponto americano, foi a vez de Marlon sair do banco e fazer a diferença. O levantador conseguiu dois aces e deixou o Brasil a dois pontos de fechar o set. Théo, em uma disputa de bola pelo alto, e Murilo, contando com um erro de Lee, fecharam a parcial em 25/21 e igualaram a partida.

O bloqueio americano voltou a aparecer com eficiência no início do terceiro set e Priddy, saltando do fundo de quadra, fez 4/2 para os estrangeiros. A igualdade brasileira em 6/6 foi alcançada em uma jogada rara: Murilo mostrou habilidade e levantou, de costas, para o ataque preciso de Bravo.Após dois bloqueios triplos e uma bola disputada no alto, em que o árbitro pediu ajuda ao auxiliar na marcação, a seleção abriu 9/6. Com a responsabilidade dividida, cada hora um atleta diferente pontuava para o Brasil: Vissotto, Sidão, Rodrigão e até Bruninho, de segunda, deixaram sua marca. Em um bloqueio simples sobre Stanley, João Paulo Bravo marcou 16/12.

Rodrigão na partida do Brasil contra os EUA no vôlei (Foto: Victor Schwaner / VIPCOMM)Problema no início, bloqueio do Brasil cresceu durante a partida (Foto: Victor Schwaner / VIPCOMM)

Com um aproveitamento excelente em seu serviço, Patak ameaçou uma reação adversária. A inversão de Bernardinho, porém, conteve o ímpeto americano. Sidão, bloqueando Stanley e em jogada rápida com Marlon pelo meio, se destacou. Com Théo explorando o bloqueio e uma bola fora do ataque rival, o Brasil fez 25/19.

No quarto set, com Bruninho no saque, os brasileiros conseguiram abrir 4/0. Russell Holmes, ex-jogador do Minas, foi o primeiro a pontuar para o lado americano. Aparentemente desorientados, os estrangeiros assistiram a Vissotto cravar uma bola espirrada e Murilo saltar do fundo de quadra, duas vezes, para fazer 8/3.

O baile brasileiro na etapa permaneceu o mesmo, contando ainda com muitos erros dos Estados Unidos. Algumas falhas bobas, inclusive, como a indefinição de que atleta iria em bolas relativamente fáceis. Nem a troca de levantadores, com Suxho em quadra, surtiu efeito. Do lado verde e amarelo, João Paulo Bravo se apresentou na ponta com segurança. Na vaga de Vissotto, Théo também fez sua parte. A poucos pontos do fim, Bernardinho desfez a inversão, mas o passeio continuou. Apoiado pelos gritos da torcida mineira, Murilo saltou do fundo de quadra para selar a vitória: 25/21.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

São Paulo Lidera o Brasileirão e sai da crise

O futebol realmente surpreende quando você menos espera. No dia 12 de maio, o São Paulo, atônito em campo, foi derrotado pelo Avaí por 3 a 1, no estádio da Ressacada e viu o sonho de conquistar a Copa do Brasil pela primeira vez transformar-se em pesadelo. A crise se instalou, Paulo César Carpegiani não perdeu o emprego por muito pouco e a torcida chegou a fazer protesto no CT da Barra Funda. Para piorar, o zagueiro Alex Silva foi dispensado e jogadores importantíssimos, como os beques Miranda e Rhodolfo e os atacantes Fernandinho e Luis Fabiano, não conseguem sair do departamento médico.

Quatro semanas depois daquele jogo contra o Avaí, no entanto, o Tricolor renasceu. Com muitos garotos revelados na base de Cotia, o time ganhou corpo e, apesar do pouco tempo, Carpegiani conseguiu fazer o time crescer. Tanto que, com a vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-MG em Sete Lagoas por 1 a 0, a equipe do Morumbi assumiu a liderança isolada do Campeonato Brasileiro com nove pontos, dois a mais que os rivias Palmeiras e Corinthians.

O que teria mudado em tão pouco tempos? Para o atacante Dagoberto, o time resolveu encarar a realidade e modificou radicalmente a sua postura.

- Estamos dando a resposta porque paramos de falar e estamos mostrando dentro de campo. Não adianta ficar dando desculpa. Contra o Atlético-MG, fizemos um bom jogo no primeiro tempo. Quando o resultado vem, é tudo uma maravilha. Mas temos de continuar com humildade, manter os pés no chão. Ainda estamos longe de conquistar alguma coisa – afirmou o camisa 25.

Ceni é abraçado pelos zagueiros ao final da partida contra o Atlético-MG (Foto: Marcelo Prado / GLOBOESPORTE.COM)Xandão, Bruno Uvini e Luiz Eduardo abraçam Rogério Ceni após o jogo em Sete Lagoas. Tricolor reagiu após queda na Copa do Brasil e assumiu a ponta do Brasileirão (Foto: Marcelo Prado / GLOBOESPORTE.COM)

Já para o goleiro Rogério Ceni, os garotos que entraram no time têm papel fundamental no crescimento da equipe.

- Não é fácil substituir caras consagrados. Quando você tem um time jovem e desfigurado, o que faz a diferença é o coração e isso sobra para essa molecada que está jogando. Isso é muito legal, eu já tive a idade deles e sei o que é o desejo de ser titular e querer fazer história. Depois de uma eliminação sofrida e inaceitável como a que foi contra o Avaí, esses garotos são os responsáveis para fazerem o time crescer – lembrou o capitão são-paulino.

O técnico Paulo César Carpegiani, por sua vez, lembrou que os resultados positivos dão a tranquilidade necessária para o time seguir o seu trabalho de renovação.

- Estamos reformulando a equipe durante a temporada e essas vitórias nos dão tranquilidade e motivação para seguir esse caminho. Mas é bom saber que não está nada ganho, precisa crescer e melhorar muito mais – lembrou.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ronaldo diz que esta com frio na barriga na vespera da despedida

As homenagens começaram. Ronaldo recebeu, nesta segunda-feira, em São Paulo, um relógio de luxo personalizado da CBF fabricado pelo novo patrocinador da entidade. O objeto foi entregue pelo presidente Ricardo Teixeira durante uma solenidade no hotel em que a Seleção está concentrada para o amistoso contra a Romênia, partida que marca a despedida oficial do Fenômeno.

Em uma rápida coletiva, Ronaldo afirmou estar emocionado e ansioso para o jogo no Pacaembu, nesta terça-feira, às 21h50m (de Brasília).

- Estou me tremendo todo de nervoso, de emocionado. Lógico que seria um sonho me despedir fazendo gol. Para isso, eu já comentei com os meus colegas, amigos da Seleção, que chegou dentro da área é para cair. E ainda tenho que fazer o pênalti, o que não é fácil. Estou feliz, emocionado de encerrar essa etapa da minha vida com a Seleção. É um aprendizado grande e vamos ver. Não tenho que fazer nenhuma graça, não tenho que demonstrar nesse jogo o quão bom eu fui em toda a minha carreira. Só tenho a agradecer ao povo brasileiro pelo apoio, que sempre me deu incondicionalmente - disse.

O Fenômeno garantiu não estar preparado para a despedida oficial pela Seleção Brasileira.

- Não estou. Até porque mesmo estando muito envolvido não sei o que vai acontecer no intervalo, esconderam um monte de coisas. A minha emoção maior vai estar dentro de campo. Me perdoem se em algum momento a bola for lançada para mim e eu estiver olhando para outro lugar - brincou.

O ex-atacante brincou também quando foi questionado se gostaria de responder alguma pergunta que ainda não havia sido feita em coletivas anteriores.

- Essa já foi uma pergunta que não perguntaram (se não estou mais magro). Vocês não estão me achando mais magro, não?- disse sorrindo.

Ronaldo chega em hotel para receber homenagem pela Seleção (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)Ronaldo na chegada ao hotel para receber a homenagem (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)

Um painel de cerca de cinco metros de altura por sete metros de comprimento com a mensagem "Valeu Ronaldo" junto com uma foto do Fenômeno sorrindo foi colocado no local da homenagem.

- É apenas uma lembrança por tudo o que o Ronaldo fez pela Seleção Brasileira em todos esses anos - disse o presidente Ricardo Teixeira.

Ronaldo agradeceu o presente e falou sobre a sua relação com a Seleção Brasileira.

- Todo mundo sabe a minha relação com a Seleção Brasileira. E estar aqui é como estar no exército brasileiro em uma guerra representando o meu país. E minha história pela Seleção Brasileira foi isso. E só tenho a agradecer. Minha história teve muitas vitórias e a seleção desde o início abriu portas para o meu futuro. Só tenho a agradecer.

O presidente do Corinthians, Andrés Sanches, também esteve no local para acompanhar a solenidade. E acabou sendo alvo de uma brincadeira do Fenômeno.

- O Andrés já está de olho no meu relógio. Tenho que tomar cuidado - brincou Ronaldo.

Antes de receber a homenagem, Ronaldo encontrou com os jogadores da Seleção Brasileira durante o almoço, no refeitório da concentração. Durante cerca de 20 minutos, ele ficou conversando com os antigos companheiros em um clima bastante descontraído.

Nesta terça-feira, dia do jogo com a Romênia, o Fenômeno vai ficar em campo por apenas 15 minutos. Segundo o técnico Mano Menezes, a ideia é colocar o camisa 9 aos 30 minutos do primeiro tempo e deixá-lo até o final da etapa. No intervalo, ele receberá outra homenagem da CBF, diante da torcida.

Aos 34 anos, Ronaldo disputou 104 jogos pela Seleção principal marcando 67 gols. Ele estreou aos 17 anos em 1994, com o técnico Carlos Alberto Parreira, na vitória por 2 a 0 sobre a Argentina, em Recife, substituindo Bebeto aos 35 minutos do segundo tempo. O Fenômeno tem um balanço positivo com a camisa amarelinha: 73 vitórias, 22 empates e 9 derrotas. Nas 104 oportunidades em que Ronaldo esteve em campo, a Seleção só deixou de fazer gol em 13, a última delas justamente na derrota para a França no Mundial 2006.


Fonte: Globoesporte.com

domingo, 5 de junho de 2011

Ronaldo se despedi do Futebol na proxima terça feira

“Vai ser de arrepiar, de chorar”. É com essas palavras que Ronaldo descreve a sensação de dar adeus à Seleção. Três vezes eleito o melhor jogador do mundo (1996, 1997 e 2002), o Fenômeno se despede da Seleção Brasileira na próxima terça-feira, no amistoso contra a Romênia, em São Paulo. Em entrevista exclusiva ao jornalista Paulo Cesar Vasconcellos, o atacante se prepara para despertar de um sonho que vive há 18 anos.

- A minha história com a Seleção foi um sonho maravilhoso que eu vivi. Foi o momento mais feliz e a camisa mais importante que eu vesti na minha trajetória. A Seleção me deu uma popularidade, me deu um status, me deu orgulho. A minha carreira lá dentro foi brilhante - disse ao "SporTV Repórter".

Maior artilheiro em Copas, com 15 gols, o atacante deve jogar durante 15 minutos e prevê a emoção que deve sentir ao ouvir o Pacaembu lotado gritando o seu nome.

- Vai ser muito emocionante, vai ser de arrepiar, de chorar, de tudo. Mas estarei sempre próximo, junto. A Seleção Brasileira representa tanto para mim, me identifico tanto que não tem como me separar definitivamente.

Há quatro meses sem jogar, o Fenômeno garantiu que está treinando para não fazer feio com a camisa amarelinha e fechar a parceria de sucesso marcando um gol. Brincalhão, Ronaldo sabe a importância do jogo, apesar de ser um amistoso, e brinca:

- Imagina o Neymar me mandando correr.

Infância humilde em São Cristóvão

Apaixonado por futebol desde cedo, Ronaldo começou a carreira no futebol de salão, no Clube Valqueire, no bairro de mesmo nome, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Depois de fazer sucesso nas quadras, o Fenômeno resolveu se transferir para o futebol de campo.

- A passagem pelo futebol de salão foi incrível e determinante, importantíssima na minha vida. Eu acho que todo atleta deveria começar lá. Você aproveita todos os fundamentos básicos do futebol de salão, absolutamente todos, no campo.

Ronaldo São Cristovão (Foto: Divulgação)Ronaldo em frente à entrada do São Cristóvão,
clube que o revelou nos campos (Foto: Divulgação)

Flamenguista, ele tentou ir para o clube do coração. Mas o custo para chegar até à Gávea – eram quatro passagens diárias - e as inúmeras peneiras do Rubro-Negro fizeram com que o atacante fosse para o São Cristóvão. Mais próximo de sua casa. Mas, foi anos depois, no Cruzeiro, que ele percebeu que a carreira poderia dar certo.

- Com 15 anos você ainda sonha muito, sonha em chegar muito mais longe. Mas foi no Cruzeiro que eu percebi que ia vingar. Eu comecei a receber uma estrutura muito melhor do que eu tinha, então comecei a evoluir, a me desenvolver melhor.

Passagem pela Europa

Pensando em fazer sucesso pela Europa e seguir a trilha do ídolo Romário, Ronaldo foi contratado pelo PSV, da Holanda. Acostumado com o clima brasileiro, a adaptação do jovem de apenas 17 anos foi difícil, mas o aprendizado compensou as dificuldades que passou.

- Naquela época o que me motivou para passar por aquele desafio foi o Romário ter passado pelo PSV. Na época ele estava no Barcelona. Aquilo me incentivou a seguir o mesmo caminho dele. Quem sabe depois eu não vou para outro clube também, pensei.

E deu certo. Nos anos seguintes, o atacante passou pelo Barcelona, Inter de Milão, Real Madrid e Milan. Brlhou nas equipes que passou, mas garante que nunca deixou o sucesso subir à cabeça.

- Eu sempre fui muito crítico comigo. Eu sempre via meus jogos no dia seguinte para me criticar, para ver o que eu fazia de certo e o que podia melhorar. Essa vaidade de pensar 'já consegui tudo, já cheguei ao máximo', eu nunca pensei isso. Sempre fui dando passo a passo querendo melhorar, sempre fui o maior crítico comigo mesmo.

A volta para o Brasil

Depois do Milan, Ronaldo voltou ao Brasil e passou a treinar no Flamengo, seu clube do coração. Mas foi o Corinthians que acertou com o atacante. Na passagem pelo Timão, o Fenômeno conquistou o Paulista e a Copa do Brasil, ambos em 2009, ano de seu retorno.

Não poderia ter morrido sem conhecer um bando de loucos, que realmente é um bando fantástico. (...) Essa parceria com o Corinthians foi maravilhosa. "
Ronaldo

- Foi maravilhoso, foi fantástico. Eu juro que não poderia ter morrido sem (voltar a) jogar no Brasil. Não poderia ter morrido sem conhecer um bando de loucos, que realmente é um bando fantástico, que apoia, que cobra, que xinga, que chora, mas que é um torcedor fiel realmente. Essa parceria com o Corinthians foi maravilhosa. Eu só tenho que agradecer por essa oportunidade.

Após a eliminação do Timão da Libertadores-2011 e com problemas físicos, Ronaldo anunciou a aposentadoria, em fevereiro.

- Eu não conseguia falar direito. Eu fui no meio do campo anunciar para os jogadores, antes de anunciar para a imprensa, que não dava mais. Eu não conseguia falar, eu só falei: ‘Estou aposentando, obrigado a vocês que me ajudaram esse tempo todo, que correram por mim’ – brincou.

As contusões

O ídolo lutou muito para superar lesões durante sua carreira. Em 2000, pelo Internazionale, Ronaldo sofreu uma grave lesão no joelho e rompeu o tendão. Depois da cirurgia, foram cinco meses de recuperação. No jogo de volta aos gramados, contra o Lazio, na final da Copa da Itália, o atacante se lesionou novamente. Após sete minutos em campo, ele rompeu o tendão do joelho direito completamente. Ronaldo teria que operar novamente e a previsão seria de muitos meses de tratamento. Apesar da descrença de muitos, ele nunca colocou em dúvida a possibilidade de voltar a jogar.

- Eu sempre fui tão otimista e me dava medo pensar o contrário. Não por questões financeiras, porque eu já tinha ganho muito dinheiro e podia viver tranquilo com o que tinha. Mas era amor mesmo, é paixão por futebol e respirar aquilo, gostar daquilo. Ouvi muitos diagnósticos desesperadores. De ir para casa e chorar, chorar e chorar. Eu chorei muito.

Foram 19 meses de recuperação até a volta aos gramados. Que seria coroada com o título da Copa do Mundo de 2002, quando foi determinante, fazendo gois gols na decisão contra Alemanha e acabando como artilheiro do torneio, com oito tentos.

A Seleção Brasileira

A trajetória de Ronaldo com a camisa amarelinha começou em 1993. Convocado para a Copa de 1994, aos 17 anos, o atacante não saiu do banco de reservas durante o Mundial e relembra com carinho o contato com os ídolos.

- Em 94 eu servia cafezinho para o Romário, pegava a chuteira dele. Os caras zoavam o novato, o calouro. Mas eu fazia com maior prazer, eu estava tendo uma aula com os melhores professores do mundo e eu aprendi muito com aquelas feras.

Depois de uma ótima temporada no Barcelona, Ronaldo foi para a Copa de 98 como a estrela do time brasileiro. Ele marcou cinco gols com a camisa 9, mas, horas antes da final contra a França, sofreu uma convulsão. Apesar do mal súbito, ele tentou de tudo para participar do jogo decisivo.

- Depois de tudo que aconteceu no hotel, eu saí correndo falando com o médico: ‘Vamos ver se tem alguma coisa, se não tiver eu vou para o jogo’. Os exames foram todos perfeitos. Era como se não tivesse acontecido nada comigo naquele hotel. Cheguei no vestiário e não deu tempo de falar com ninguém, cheguei colocando a roupa e as pessoas ficaram me olhando. Eu falei: 'Está tudo bem, vamos para o jogo. Temos que ganhar isso.'

O resultado final, porém, não foi o esperado. A França venceu o Brasil por 3 a 0, e foi campeã pela primeira vez.

- A verdade é que independentemente do que aconteceu comigo, a França jogou como nunca, atropelou a gente em todos os sentidos, em todos os momentos do jogo.

ronaldo brasil final da copa do mundo 2002 (Foto: Ivo Gonzalez / O Globo)Fenômeno comemora o pentacampeonato após vitória
sobre a Alemanha(Foto: Ivo Gonzalez / O Globo)

Em 2002, depois de meses parado se recuperando de lesões no joelho, Ronaldo foi convocado por Felipão. O Fenômeno marcou oito gols – sendo dois na final contra a Alemanha – e foi o nome do Brasil na conquista do pentacampeonato. Apesar da brilhante atuação no Mundial, o corte de cabelo no estilo ‘Cascão’ também chamou a atenção em Ronaldo.

- O cabelo me ajudou muito na semifinal (contra a Turquia). Eu estava com uma dor muito grande na coxa na véspera da semifinal. Todo mundo só falava da contusão, que eu não ia jogar. Eu virei dúvida naquele momento. No último treino eu fiz o cabelo e ai todo mundo só falava do cabelo. Esqueceram da minha lesão. Eu fui para o jogo, joguei mal para caramba, mas fiz o gol da classificação de bico, estilo Romário.

Após a conquista na Copa do Japão e da Coreia do Sul, o Brasil tentou o hexacampeonato no Mundial de 2010, na Alemanha, mas foi eliminado precocemente pela França. Ronaldo disputou lá sua última Copa e a derrota por 1 a 0 para a França foi sua última partida pela Seleção. Mas a última página de sua história com a amarelinha será contra a Romênia, na próxima terça-feira, em São Paulo.